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SP tem o maior número de mortes e internados desde o início da pandemia

Estado, que ultrapassa marca de 60 mil vítimas fatais, tem aumento de 18% na média móvel de mortes e registra alta de 18,3% em internações

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 20h38 - Publicado em 2 mar 2021, 18h58
Dezenas de covas abertas no Cemitério da Vila Formosa, zona leste da cidade, vistas de cima.
Dezenas de covas abertas no Cemitério da Vila Formosa, zona leste da cidade (André Penner/AP/Reprodução)
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O estado de São Paulo registrou nesta terça-feira (2) o maior número de mortes por Covid-19 em 24h desde o início da pandemia, com 468 novos óbitos, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. Com os novos registros, o estado chegou a 60.014 mortes provocadas pela doença. O número de internações também é recorde: são 16.359 pacientes com suspeita ou diagnosticadas com a Covid. 9.332 estão em leitos de enfermaria e 7.027 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). 

Sobre as mortes, vale ressaltar que esse número pode não corresponder ao total de pessoas que de fato morreram no estado nas últimas 24h. O valor pode ter incluído alguns óbitos que ocorreram em dias anteriores e que ficaram represados por conta do final de semana.

Mesmo assim, é fato que a situação é preocupante: a média móvel (que leva em conta um período maior e por isso possibilita medir de forma mais fidedigna a tendência da pandemia) registrada nesta terça é de 259 óbitos diários no estado. O número representa uma alta de 18% em comparação com o valor registrado há 14 dias.

De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde, também foram registrados 10.168 casos da doença nas últimas 24 horas, o que totalizou 2.054.867 casos confirmados do novo coronavírus desde o início da pandemia. A média móvel de casos diários está em 9.188 nesta terça.

Alta de internações

O estado também vem batendo recordes sucessivos de internações de pacientes com quadros mais graves da doença, a ocupação em hospitais da rede pública e privada no estado já passou dos 70%. Na capital, os hospitais Albert Einstein e Emílio Ribas já anunciaram lotação máxima em leitos de UTI.

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No sábado (27), o total de pacientes internados em UTI superou o valor de 7 mil pela primeira vez desde o início da pandemia. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, o maior valor anterior durante o primeiro pico da doença havia sido registrado em 29 de julho, com 6.250 pacientes em UTI. Na última sexta (26), Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde, afirmou que o sistema hospitalar pode colapsar caso o ritmo de crescimento de internações siga igual.

As novas internações por Covid-19 aumentaram 18,3% no estado de São Paulo na última semana, em relação à semana anterior. Na semana entre 14 e 20 de fevereiro, em média 1.541 pacientes eram internados por dia no estado. Já na semana entre 21 de fevereiro e o último domingo (28), o valor saltou para 1.823 por dia.

“Precisamos da colaboração da população. Não adianta abrir mais leitos. Nós estamos abrindo, estamos expandindo. Estamos fazendo a nossa parte, mas nós temos a limitação, tanto de espaço, mas também de recursos humanos”, afirmou Jean Gorinchteyn nesta segunda (1º), após mostrar nova alta nos números.

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De acordo com o secretário, as pessoas precisam colaborar para evitar aglomerações que possam disseminar o contágio pelo vírus. “Nós temos que parar com a velocidade e a instalação da pandemia no nosso meio. Nós imploramos, nós já não pedimos, que a população colabore. Precisamos ter responsabilidade. Estamos todos no mesmo barco. E todos estamos em risco.”, suplicou.

Aumento das restrições

Diante da situação, o governador Doria tem aplicado medidas para tentar frear o avanço do vírus: mudou a capital e algumas regiões do estado de fase no Plano São Paulo, aplicou ‘toque de restrição’ e, diante de um pedido de lockdown do Centro de Contingência da Covid nesta semana,  avalia fechar o estado.

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