A prefeitura de São Paulo divulgou dados do primeiro inquérito sorológico realizado com crianças e adolescentes na capital paulista nesta terça-feira (18). De acordo com o estudo, 64,4% das crianças da rede municipal que contraíram a Covid-19 tiveram casos assintomáticos. 35,6% experimentaram sintomas da doença.
6 000 alunos da rede municipal de ensino, com idade entre 4 e 14 anos, foram testados no período de 6 a 10 de agosto. Do total, 16,1% testou positivo para a doença. Na prevalência entre as faixas etárias, os estudantes com idade entre 4 e 5 anos foram os que tiveram o maior índice de prevalência da infecção: 16,5%. Nos alunos de 6 a 10 anos o índice foi de 16,2% e entre 11 a 14 anos, 15,4%.
“Foram utilizadas amostras de sangue venoso, com a extração do soro”, afirmou a prefeitura sobre a metodologia. As amostras foram processadas em laboratórios públicos e também foram realizadas entrevistas com os participantes. Entre as crianças testadas, 64,4% são das classes D e E e 27,8%, da classe C.
Nas entrevistas, 98,2% dos estudantes relataram que estão adotando total ou parcialmente as medidas de distanciamento social. 76,7% afirmaram que usam sempre máscara e 14,1% disse que usa na “maioria das vezes”.
Os resultados do inquérito sorológico levaram a prefeitura a anunciar o adiamento das aulas de reforço presenciais na capital paulista, previstas para ocorrerem em setembro. “Retomada das aulas nesse momento significaria a ampliação do número de casos, a ampliação em consequência do número de internações e de óbitos na cidade de São Paulo. Razão pelo qual não teremos o retorno em setembro como o estado autorizou, com apenas 35% das salas funcionando. Isso não ocorrerá”, disse o prefeito Bruno Covas (PSDB).