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OLÁ,

Mortes em SP podem se manter em patamar elevado até 2021, diz Butantan

"Estamos tendo a explosão de um Boeing 747 por dia e pode ser que isso ainda se prolongue até o ano que vem”, afirmou Dimas Covas

Por Agência Brasil
Atualizado em 23 Maio 2024, 10h11 - Publicado em 15 jul 2020, 09h42
Na coletiva para anunciar a parceria com a Sinovac: doses serão gratuitas
Dimas Covas em coletiva para anunciar a parceria com a Sinovac (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)
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Apesar de o número de pessoas contaminadas pela Covid-19 e as mortes em decorrência da doença terem praticamente se estabilizado no estado de São Paulo, a pandemia do novo coronavírus deverá continuar em ritmo de expansão no estado até pelo menos o início de 2021.

De acordo com o diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, mantido o isolamento atual no estado, que está entre 45% a 50%, a taxa de contágio (Rt) deverá se estabilizar de fato, ou atingir o valor “um”, entre setembro e novembro de 2020, o que fará com que a curva de casos confirmados e óbitos iniciem uma “descida” apenas em 2021. A taxa de contágio “um” significa que 100 pessoas infectadas estão transmitindo a doença para outras 100 pessoas.

“Nós vamos manter essa epidemia por um bom tempo ainda. [Vamos manter também] provavelmente a taxa de mortalidade, embora possa até estar estabilizada em um patamar elevado. Nós estamos tendo em torno de 300, um pouco mais de 300 óbitos por dia no estado de São Paulo, o que corresponde a um Boeing 747. Estamos tendo a explosão de um Boeing 747 por dia e pode ser que isso ainda se prolongue até o ano que vem”, disse.

Durante um debate virtual promovido pela Agência Fapesp e o Canal Butantan nesta terça-feira (14), Covas disse que, neste momento, as projeções mostram que, possivelmente, no começo do ano que vem, ainda haverá transmissão ativa com a taxa de contágio acima de um na população de São Paulo.

O estado de São Paulo contabilizou 417 óbitos pelo novo coronavírus nas 24 horas anteriores a divulgação do boletim publicado pelo governo do estado na tarde de terça (14). O número está próximo ao recorde diário, registrado no dia 23 de junho, quando 434 morreram em decorrência do vírus. Com isso, o estado soma 18.324 mortes pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

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O estado também contabilizou hoje 12 mil novos casos de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, número próximo do recorde diário, ocorrido no dia 2 de julho, que teve 12.244 novos casos. Assim, o estado chegou à soma de 386.607 pessoas infectadas pela doença desde o início da pandemia. Dos 645 municípios do estado, 636 registram ao menos um caso confirmado da doença.

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