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Governo afirma que CoronaVac é eficaz, mas não divulga números

Expectativa era de que dados fossem apresentados nesta quarta; segundo Dimas Covas, contrato com Sinovac impediu divulgação

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 dez 2020, 16h38 - Publicado em 23 dez 2020, 16h32
Imagem mostra a embalagem da Coronavac, vacina desenvolvida pelo Butantan
Coronavac: vacina desenvolvida pelo Butantan em parceria com laboratório chinês (Governo de SP/Divulgação)
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O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23) que a Coronavac atingiu índices de eficácia considerados suficientes para que o imunizante seja aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O governo, no entanto, não divulgou a taxa de eficácia da vacina.

De acordo com Covas, em reunião na terça (22), a Sinovac, farmacêutica chinesa que desenvolve o imunizante em parceria com o Butantan, solicitou que os índices ainda não fossem divulgados. A taxa mínima de eficácia recomendada pela Anvisa é de 50%. Na segunda-feira (21) o instituto afirmou que concluiu a terceira e última fase de testes clínicos da Coronavac. A expectativa era que com a conclusão dos estudos, o índice de eficácia fosse divulgado nesta quarta (23).

“Nós atingimos o limiar da eficácia que permite o processo de solicitação de uso emergencial, seja no Brasil ou na China. Temos um contrato com a Sinovac que especifica que o anúncio desse número precisa ser feito em conjunto. Ontem mesmo apresentamos esse número para nossa parceira, que no entanto solicitou que não houvesse a divulgação do número, pelo motivo de que eles precisam analisa [os dados] para poder aplicar à NMAPA”, afirmou o médico.

De acordo com o presidente do Butantan, a base de dados foi transferida para a Sinovac na manhã desta quarta-feira (23). “Solicitaram o prazo de 15 dias para que essa análise aconteça. Nós vamos respeitar essa data, mas acreditamos que essa data será adiantada”, disse Covas.

De acordo com ele, a solicitação da farmacêutica chinesa tem respaldo no contrato firmado entre a empresa e o Butantan. “Isso não tem nenhuma influência no processo de desenvolvimento da vacina, que continua a todo vapor. Amanhã receberemos 5 milhões de doses no Aeroporto de Viracopos. Na próxima semana receberemos mais 2 milhões de doses”.

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“A Sinovac tem vários estudos clínicos em andamento. Tem dados nossos e de outros lugares. É importante que ela faça uma uniformização dos dados”, disse Covas. Além do Brasil, países como China, Turquia e Indonésia também realizaram testes com o imunizante.

 

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