CNN corrige ao vivo fala de Alexandre Garcia sobre vacinação de jovens
"Jovens não precisariam tomar vacinas, segundo as estatísticas", disse erroneamente o jornalista
Durante o quadro Liberdade de Opinião, da CNN Brasil, o jornalista Alexandre Garcia afirmou que jovens “não precisariam tomar a vacina segundo as estatísticas”. Pouco tempo depois, no programa Novo Dia, a própria emissora corrigiu a fala de Alexandre.
A jornalista Elisa Veeck foi a porta-voz da resposta da CNN contra a fala de Garcia:
“Alexandre Garcia disse que jovens não precisariam tomar a segunda dose da vacina [contra a covid-19], segundo as estatísticas. Para esclarecer esse tema, nós da CNN Brasil procuramos o infectologista e também diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri. Segundo o médico, a medida que se previne mortes em adultos e idosos, os casos de hospitalização com formas graves serão entre os não vacinados. Ou seja, a proporção maior de casos graves irá acometer as pessoas que não tomaram a vacina”, esclarece.
Elisa relembrou que que, neste ano, 1.581 pessoas entre 10 e 19 anos morreram por covid-19 no Brasil e disse que, segundo Kfouri, a taxa de hospitalização de crianças seria de 15% se não houvesse vacina.
Essa não é a primeira vez que Garcia causa polêmica na CNN. Em maio, ele se irritou ao ser questionado pelo apresentador Rafael Colombo e ameaçou deixar a emissora. Garcia defendia o governo Bolsonaro, afirmando que o presidente tem direito de lançar decreto proibindo governadores e prefeitos de imporem ações de restrição contra o coronavírus citanto a Constituição. Colombo, então, disse: “Mas na Constituição também tem o direito à vida. Os governadores e prefeitos não estão tentando garantir o direito à vida?”.
O comentarista ficou em silêncio durante um período, o que aparentou um problema técnico. Colombo se despediu para continuar o telejornal, ao que Garcia respondeu: “Eu não estou sendo entrevistado”. Colombo disse que os dois voltariam amanhã e o jornalista rebateu dizendo que não sabia se voltaria. “Ok”, falou Colombo.
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