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Butantan se prepara para iniciar testes do soro anti-Covid em humanos

A Anvisa deu aval para que o instituto iniciasse os estudos na semana passada

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
3 abr 2021, 18h15
Fan Hui Wen segurando uma foto em que ela visitava o Instituto Butantan, com três anos. Na imagem a direita da montagem, ela segura uma dose na CoronaVac
PASSADO E FUTURO: Nascida em taiwan, a médica Fan Hui Wen trabalha há trinta anos no Butantan. Visitou o instituto pela primeira vez aos 3 anos (ela mostra a foto). Na imagem acima, ela segura um frasco do soro para tratar a Covid-19 (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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O Instituto Butantan se prepara para iniciar os testes do soro anti-Covid em humanos já em abril. Na próxima segunda-feira (5), cientistas devem se reunir para discutir os detalhes da testagem.

Na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, deu aval para que o Butantan iniciasse os testes. Os últimos documentos requisitados pelo órgão já foram entregues e as observações aos preparativos do estudo estão sendo adotadas pelo instituto.

Em nota, a Anvisa disse que aguarda o envio do “termo de compromisso”, que determina realização de estudos prévios antes de testar o soro nos voluntários. 

O soro será aplicado em adultos recém-infectados com o coronavírus. Os cientistas devem definir a quantidade de doses que serão aplicadas em cada pessoa e em quais locais os testes serão realizados.

Em reportagem, a Vejinha mostrou os bastidores da preparação do soro. A medicação segue a lógica dos soros contra picadas de cobra, um produto que remonta à origem do instituto. Ou seja, usa o plasma de cavalos infectados com o vírus, onde existem anticorpos de combate à doença.

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Testes em hamsters mostraram uma eficácia promissora. “Tivemos uma redução importante da carga viral, preservação das estruturas pulmonares e uma diminuição muito clara nos processos inflamatórios”, explicou Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, diretora do centro de inovação do instituto.

Em dezembro, a Argentina começou a usar a técnica de forma pioneira. Dados iniciais mostram que ela ajudou os pacientes. No hospital de campanha do distrito de Corrientes, 45 internados receberam o soro em fevereiro. Destes, 42 tiveram alta em uma semana.

 

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