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Butantan entrega todos os documentos do soro anti-covid e aguarda Anvisa

Doria afirmou que espera aprovação para início dos testes em humanos até o final desta semana

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 mar 2021, 14h35 - Publicado em 24 mar 2021, 14h34
Instituto Butantan, em São Paulo
Instituto Butantan, em São Paulo (Divulgação/Instituto Butantan/Veja SP)
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O Instituto Butantan divulgou nesta quarta-feira (24) que concluiu o envio de documentos para a Anvisa para os testes do soro anti-SARS-COV-2. Há quase um mês a solicitação para o início de estudos clínico em humanos foi feita para a agência e, desde então, foram requisitados outros documentos.

“A Anvisa fez dois lotes de exigências, o último na sexta-feira e protocolamos ontem à noite”, disse o diretor do Butantan, Dimas Covas, durante coletiva de imprensa. O médico afirmou que o instituto está com a linha de produção pronta para produzir mais doses do soro: os testes serão feitos em pacientes imunossuprimidos, onde, segundo Covas, a taxa de mortalidade por Covid-19 é mais alta.

Na coletiva o governador João Doria (PSDB) afirmou que a aprovação deve ocorrer até sexta-feira (26). O medicamento é desenvolvido em um prédio do complexo do Butantan — que tem área total de 725 000 metros quadrados, ou metade do Parque do Ibirapuera —, técnicos correm para preparar o que promete ser o próximo Santo Graal da pandemia: o soro para tratamento da Covid-19. A medicação segue a lógica dos soros contra picadas de cobra, um produto que remonta à origem do instituto. Ou seja, usa o plasma de cavalos infectados com o vírus, onde existem anticorpos de combate à doença.

Em dezembro, a Argentina começou a usar a técnica de forma pioneira. Dados iniciais mostram que ela ajudou os pacientes. No hospital de campanha do distrito de Corrientes, 45 internados receberam o soro em fevereiro. Destes, 42 tiveram alta em uma semana.

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