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Corridas em regiões próximas à capital unem turismo e atividade física

Começa a crescer circuito de provas que envolvem rios, rochedos, trilhas e pastos no interior de São Paulo

Por Flora Monteiro
Atualizado em 1 jun 2017, 18h26 - Publicado em 21 out 2011, 23h50
Obstáculos na corrida - 2240
Obstáculos na corrida - 2240 (Divulgação/)
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O calendário paulistano de corridas de rua não para de crescer e deve fechar este ano com 135 provas realizadas. Quase o triplo do número registrado em 2004. Segundo os organizadores, elas devem reunir no período um total de 500.000 pessoas. Nos eventos, vê-se de tudo em meio aos participantes: desde veteranos sarados carregando no pulso os últimos modelos de monitores cardíacos até esforçados iniciantes suando para entrar em forma. Outra característica dos fãs do esporte é seu apetite por novidades. Por causa disso, começou a crescer um circuito de competições realizadas em regiões de montanha próximas à capital, em municípios como Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal e Piquete.
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Obstáculos da montanha: rios e pedras no caminho

A ideia é variar o cenário das disputas e criar dificuldades adicionais no percurso, entre elas os pisos irregulares e os trechos de subida e descida. “Muita gente aproveita para fazer turismo, levando a família junto para o passeio”, conta Fábio Galvão, responsável pela organização do Circuito Brasileiro de Corridas de Montanha e da Copa Paulista da modalidade. Atualmente, cerca de cinquenta provas do gênero são realizadas por ano no país, metade delas em São Paulo, com percursos entre rios, rochedos, trilhas e pastos. “Não há nada que me faça voltar a competir na cidade”, diz o arquiteto Eduardo Batistelli. Há dois anos, ele abandonou o asfalto para sujar os tênis de terra no interior.

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Fernando Moraes

Corrida: arquiteto Eduardo Batistelli - 2240
Corrida: arquiteto Eduardo Batistelli – 2240 ()

O arquiteto Eduardo Batistelli: vinte provas no currículo

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A cidade de Brotas, a 250 quilômetros da capital, conhecida por ser um centro de esportes de natureza, entrou no circuito em outubro, com a realização de uma prova no primeiro sábado do mês (1º). Cerca de 1.500 pessoas compareceram ao evento, dividido em percursos de 6 e 12 quilômetros. “Isso ajudou a trazer uma receita extra de 600.000 reais ao nosso comércio, e começamos a negociar para repetir a dose em 2012”, conta a secretária de Turismo, Alexsandra Berto. Entre os competidores estava o casal de médicos paulistanos Djalma Siqueira e Ana Elisa. Eles levaram as filhas Luisa e Camila, além do garoto Henrique Foronda, amiguinho delas, para curtir o fim de semana por lá. “Consigo ficar mais tempo com a família nessas ocasiões, e todo mundo aproveita o passeio junto”, afirma Djalma.

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Passeio com a família - 2240 - 43
Passeio com a família – 2240 – 43 ()
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Djalma, com Ana Elisa, Luisa, Henrique e Camila: oportunidade de aumentar a convivência familiar

O próximo lugar a receber os atletas será São Bento do Sapucaí, a 185 quilômetros de São Paulo. No dia 29, a cidade vai sediar a 5ª etapa da Copa Paulista (inscrições pelo site https://www.corridasdemontanha.com.br). Como no terreno montanhoso o nível de dificuldade e o risco de acidentes são maiores, é necessário redobrar os cuidados com o preparo. “Treinar antes para saber superar os percalços do piso e fortalecer a musculatura são pontos fundamentais”, explica Geraldo Isoldi, proprietário da assessoria esportiva Selva Aventura. “Comer bastante carboidrato no dia anterior à prova e beber muita água durante o percurso também ajuda a chegar inteiro até o final.
Desafios no campo
Algumas das características do novo circuito de runningLocal das competições
Cidades em regiões montanhosas, como São Bento do Sapucaí e Campos do Jordão.
 Equipamentos 
Para evitarem tombos e melhorarem a aderência, os tênis devem ter solado com cravos, cabedal (ponteira) mais reforçado e sistema de escoamento de água.
  Consumo de calorias
Por causa das subidas e descidas, um percurso de 10 quilômetros pode resultar em uma perda de 892 calorias — ou 27% a mais que uma prova no asfalto.

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