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OLÁ,

Rótulos brancos argentinos chegam às lojas paulistanas

Elaborados com a pouco conhecida uva torrontés, vinhos revelam-se uma agradável opção nos dias de calor

Por Arnaldo Lorençato
Atualizado em 1 jun 2017, 18h37 - Publicado em 14 jan 2011, 17h31
Andeluna 2010 - 2200
Andeluna 2010 - 2200 (Divulgação/)
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Embora a oferta ainda seja reduzida, desde o fim do ano passado começaram a se multiplicar as garrafas de vinho argentino torrontés em lojas especializadas e até mesmo em supermercados. Por enquanto pouco familiar aos paulistanos, esse branco tem tudo para se tornar a pedida do verão. “É uma bebida leve, ideal para os dias quentes”, comenta a sommelière Debora Breginski, do restaurante Dressing, no Itaim. Assim como o malbec se tornou a maior expressão entre os tintos da Argentina, o torrontés reúne características para ser o branco número 1 do país vizinho. Curiosamente, a cepa tem origem controversa. Os espanhóis defendem a tese de que a levaram para lá durante o período de colonização, enquanto estudiosos do Prata atestam sua origem autóctone.

“A cada ano, as vinícolas estão aprimorando o cultivo e a vinificação”, diz Suzana Barelli, diretora da revista “Menu”. Como a uva não serve para elaborar brancos complexos e longevos, muitos críticos torcem o nariz para ela. Há, porém, defensores entusiasmados, entre eles o cantor Ed Motta, capaz de apontar qualidades, em especial a boa relação custo-benefício. “O torrontés é muito perfumado e funciona como uma alternativa barata ao caro gewürztraminer francês”, endossa o sommelier Manoel Beato, do restaurante Fasano, nos Jardins. “Sobressaem os aromas de flores e frutas, caso do jambo e da lichia.” Além de recomendar a bebida de aperitivo, Beato a indica para acompanhar peixe e frutos do mar grelhados. Também cai bem com sushis.

A torrontés varia de acordo com a região onde for cultivada. “Na Argentina, encontram-se três tipos distintos, o riojano, o melhor e mais aromático, plantado na província de Salta, e os menos perfumados sanjuanino, encontrado em San Juan, e mendocino, de Mendoza e da Patagônia”, explica Marcelo Copello, colunista da revista “Gosto”. Uma dica importante é prestar atenção à safra. Como se trata de uma bebida para ser consumida jovem, evite as garrafas com mais de dois anos. Para servir, a temperatura adequada gira entre 8 e 10 graus. “Só é necessário escolher bem para não errar na compra, porque existem também exemplares ruins”, alerta Copello. “Os melhores vêm de Salta.” VEJA SÃO PAULO pediu a cinco especialistas que indicassem nove rótulos, entre os disponíveis no mercado. Escolha o seu e saúde!

 

A SELEÇÃO DOS ESPECIALISTAS

Os sommeliers Debora Breginski e Manoel Beato e os jornalistas Suzana Barelli, Marcelo Copello e Ricardo Castilho escolheram nove rótulos para desarrolhar. Confira o ranking:

Zuccardi Serie A 2009 - 2200
Zuccardi Serie A 2009 – 2200 ()
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1º- Colomé 2009

41,70 reais

Enoteca Decanter, tel.: 3073-0500

2º- Finca La Linda 2009

32,40 reais

Enoteca Decanter, tel.: 3073-0500

3º- Crios 2009

39,95 reais

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Empório Frei Caneca, tel.: 3472-2082

4º- Zuccardi Serie A 2009

55 reais

Ravin, tel.: 5574-5789

5º- San Pedro de Yacochuya 2009

55 reais

Grand Cru, tel.: 3062-6388

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6º- Andeluna 2010

34 reais

World Wine, tel.: 3085-3055

7º- Terrazas Reserva 2009

52,90 reais

St Marche, tel.: 3022-2660

Terrazas Reserva 2009 - 2200
Terrazas Reserva 2009 – 2200 ()
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8º- Alamos 2009

28,56 reais

Mistral, tel.: 3372-3400

9º- Temático 2009

27 reais

Kylix, tel.: 3825-4422

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