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OLÁ,

Crack: “De cada dez pessoas que provam, nove viram dependentes”

Por Henrique Skujis e Maria Paola de Salvo
Atualizado em 5 dez 2016, 18h47 - Publicado em 28 Maio 2010, 18h25

“Antes, aparecia só um ou outro dependente de crack. Hoje, dos sete pacientes internados na minha clínica, que tem mensalidade de 13 500 reais, três são viciados nessa droga. Tem advogado, filósofo, professor… O poder viciante é impressionante. De cada dez pessoas que provam bebida alcoólica, uma vira dependente. Com o crack, são nove.

Quem fuma não precisa de mais nada. Encontra tudo na droga. Tem a sensação de que é forte e invulnerável. Rapidinho, o prazer da droga desaparece, mas a lembrança eufórica faz com que a pessoa não consiga largar. Ela fica agressiva, perde a autocrítica. Se precisar pisar no pescoço da mãe para conseguir a droga, vai pisar. Quem fuma crack vira um monstro.”

Jorge César Gomes de Figueiredo, psiquiatra especialista em dependência química

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