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Quem é Karen Jonz, que chamou a atenção nas transmissões de skate

Tetracampeã mundial, ela tem se destacado como comentarista pela espontaneidade e respostas afiadas

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 jul 2021, 11h08 - Publicado em 25 jul 2021, 10h51
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  • Karen Jonz, 37, já conquistou o público brasileiro nestas Olimpíadas. Tetracampeã mundial de skate na modalidade vertical (que não entrou nos jogos), ela tem tem se destacado como comentarista nas transmissões por seu jeito espontâneo. Na madrugada deste domingo (25) no Brasil, seu nome foi parar entre os assuntos mais comentados da internet por uma declaração fora do padrão.

    O narrador falava sobre a performance de Shane O’neill quando destacou que ele é pai. “O Shane O’neill que é pai também. Muito se fala de atletas mulheres, na maternidade no esporte, mas pouco se fala também da paternidade. E o Shane O’neill também conciliando a carreira, com a paternidade”. A resposta de Karen veio rapidamente. “É que provavelmente eles deixam o filho com a mãe e vão andar, aí não tem o que falar mesmo”, rebateu.

    Como mãe de Sky, de 4 anos, Karen Jonz sentiu na pele as dificuldades das quais se referiu. “Está sendo um desafio porque não temos uma referência consolidada de mãe no skate”, contou em entrevista a VEJA São Paulo, que produziu uma reportagem de capa sobre o skate.

    “Eu fui muito subestimada e sigo lidando com isso”, completa. Perdeu patrocínios, ouviu que, “agora que é mãe, ela já era”. “Essa história ainda não acabou, continuo vivendo isso. Talvez daqui a alguns anos eu saiba falar melhor sobre essa experiência.” Enquanto isso, mostra à filha que ela pode estar onde bem entender, inclusive numa pista de skate. 

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    Capa de VEJA São Paulo sobre o skate na cidade
    Capa de VEJA São Paulo sobre o skate na cidade (Veja São Paulo/Veja SP)

    Karen é uma pioneira do skate brasileiro. Ela foi a primeira mulher a ganhar outro nos X Games e também a trazer um título mundial para o país. Durante a adolescência, vendeu bolos para montar seu primeiro skate e teve de esconder os seios com uma faixa para buscar aceitação dentro da modalidade. “Cabelo preso, roupas largas e boné ajudaram nessa hora de entrar na pista”, disse ela na ocasião.

    Anos atrás, se manifestou sobre uma competição que oferecia premiação maior aos homens, situação que considera injusta até hoje. “Fui ameaçada, ouvi de amigos que eu estava viajando, saí como errada na história. Foi um momento muito difícil.”No entanto, as organizações lá fora e consequentemente aqui passaram a reconsiderar os valores. “Melhorou bastante, em especial pelo espaço que foi conquistado, mas tem muito a evoluir.”

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