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Dez documentários sobre ícones da música brasileira

Novos Baianos, Tom Jobim e Raul Seixas e outros estão na lista

Por Bruno Machado
Atualizado em 1 jun 2017, 18h08 - Publicado em 13 set 2012, 18h45
Vou Rifar Meu Coração
Vou Rifar Meu Coração (Divulgação/)
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Aclamado na abertura da mais recente edição do festival É Tudo Verdade, o documentário “Tropicália” chega aos cinemas nesta sexta-feira (14). Produzido por Fernando Meirelles e dirigido por Marcelo Machado, o longa enfoca a porção musical do movimento cultural encabeçado por Gilberto Gil e Caetano Veloso no fim dos anos 1960. Com uma estética psicodélica, muito em voga na época retratada, o filme sobrepõe muitas (e algumas raras) imagens de arquivo, entrevistas, animações e grafismos.

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A seguir, veja outros dez documentários sobre música brasileira:

“Vou Rifar Meu Coração” (2012)

O longa de Ana Rieper excursionou por diversos festivais até entrar em circuito comercial. Aqui, os nomes consagrados da MPB dão lugar a figuras quase marginais: Amado Batista, Nelson Ned, Wando (morto em fevereiro desse ano) e Lindomar Castilho, cuja canção dá nome ao filme. Assim como em “As Canções” (2011), de Eduardo Coutinho, a fita apresenta a relação entre os ouvintes e a música brega e procura derrubar os preconceitos relacionados a esse gênero.  

A Música Segundo Tom Jobim
A Música Segundo Tom Jobim ()
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“A Música Segundo Tom Jobim” (2012)

Às vésperas de completar 84 anos, Nelson Pereira dos Santos, um dos mais importantes cineastas brasileiros, apresenta um documentário que foge da fórmula tradicional de justapor imagens de arquivo e depoimentos. O longa mostra versões (algumas históricas) de outros artistas – de Elis Regina a Frank Sinatra – para as músicas de Tom Jobim. Para o ano que vem, Santos promete outro filme sobre o maestro: “A Luz de Tom”.

Raul – O Começo, o Fim e o Meio
Raul – O Começo, o Fim e o Meio ()

“Raul — O Começo, o Fim e o Meio” (2012)

Walter Carvalho é mais conhecido por seu trabalho de fotógrafo em produções nacionais, mas assina a direção, com Leonardo Gudel, deste documentário com visão quase iconoclasta sobre o roqueiro baiano. Abrangente, a fita aborda as polêmicas em que o artista se envolveu, sua colaboração com o escritor Paulo Coelho e a influência em outros importantes músicos brasileiros. Recentemente, ganhou uma luxuosa edição em DVD para colecionadores.

Uma Noite em 67
Uma Noite em 67 ()

“Uma Noite em 67” (2010)

Assim como “Tropicália”, é um registro da efervescência cultural do fim dos anos 1960. O enfoque do documentário dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil é a final do III Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, em que concorriam Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e os Mutantes e outros importantes nomes. O filme ainda conta com apresentações de “Roda Viva”, “Alegria, Alegria”, “Domingo no Parque” e outras canções que marcaram época.

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Simonal, Ninguém Sabe o Duro que Dei
Simonal, Ninguém Sabe o Duro que Dei ()

“Simonal, Ninguém Sabe o Duro que Eu Dei” (2009)

Dirigido por Micael Langer, Calvito Leral e Cláudio Manoel, a fita busca recuperar a imagem de Wilson Simonal, vítima de um boicote por parte da classe intelectual e artística que durou duas décadas. O motivo: no auge de sua carreira, em meados dos anos 1960, o cantor foi acusado de colaborar com os órgãos do regime militar. Misturando música e política, o longa tem depoimentos de Pelé, Nelson Motta e Chico Anysio e de seus familiares – a segunda mulher do cantor, Sandra Cerqueira, e os filhos Simoninha e Max de Castro, que seguiram os passos do pai.

Filhos de João, O Admirável Mundo Novo Baiano
Filhos de João, O Admirável Mundo Novo Baiano ()

“Filhos de João, O Admirável Mundo Novo Baiano” (2009)

Dirigido pelo estreante Henrique Dantas, o documentário apresenta a criação do grupo Os Novos Baianos – Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Luiz Galvão, Jorginho Gomes, e Paulinho Boca de Cantor – que se tornaram célebres com o disco “Acabou Chorare” (1972), uma mistura de instrumentos tradicionais da música brasileira com guitarra, baixo e bateria. Na profusão de depoimentos colhidos pelo cineasta fazem falta o de João Gilberto, considerado o “padrinho” do grupo, e de Baby Consuelo que, anos depois de separada a banda, se tornou pastora evangélica, renegou seu passado libertário e proibiu o uso de suas falas na edição final.

Lóki – Arnaldo Baptista
Lóki – Arnaldo Baptista ()
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“Lóki — Arnaldo Baptista” (2008)

Em 1974, Arnaldo Baptista lançou seu álbum solo “Lóki?”, enquanto os Mutantes passavam por uma má fase – quatro anos depois, o grupo se separou. O disco deu nome ao documentário dirigido por Paulo Henrique Fontenelle e lançado no circuito comercial em 2009. Além de dimensionar a importância do músico para o movimento tropicalista, o filme tem as participações de Gilberto Gil, Roberto Menescal e fãs assumidos do grupo, como Lobão, Sean Lennon e Devendra Banhart.

Cartola - Música Para os Olhos
Cartola – Música Para os Olhos ()

“Cartola – Música Para os Olhos” (2007)

Dirigido por Lírio Ferreira e Hilton Lacerda, o documentário passa por Gal Costa, Paulo Autran e até Hebe Camargo para dimensionar a importância de Agenor Oliveira, o Cartola, considerado o compositor de samba mais importante da história da música brasileira.

Paulinho da Viola - Meu Tempo É Hoje
Paulinho da Viola – Meu Tempo É Hoje ()

“Paulinho da Viola – Meu Tempo É Hoje” (2004)

Com argumento do escritor Zuenir Ventura, o filme toma emprestado o título de um dos álbuns do sambista. Registro bastante afetivo, o longa apresenta entrevistas com artistas influenciados pelo músico carioca, como Marisa Monte.

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Outros (Doces) Bárbaros
Outros (Doces) Bárbaros ()

“Outros (Doces) Bárbaros” (2002)

Em 1976, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia fizeram uma turnê histórica sob o nome de Doces Bárbaros. As apresentações foram condensadas e reunidas em um documentário lançado no ano seguinte. Em 2002, o quarteto se reuniu para duas únicas apresentações – no Parque do Ibirapuera e na Praia de Copacabana –, cujos ensaios e bastidores foram registrados por Andrucha Waddington.

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