Polícia apura se ataques racistas contra Taís Araújo foram combinados
Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio vai quebrar o sigilo de pelo menos trinta suspeitos
A polícia do Rio de Janeiro investiga se os comentários racistas postados no Facebook da atriz Taís Araújo no último sábado (31) teriam sido combinados por um grupo de WhatsApp. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Alessandro Thiers, se ficar comprovado que a ação foi orquestrada, as pessoas envolvidas podem ser indiciadas por formação de quadrilha, além de injúria racial.
Nesta quarta (4), Taís prestou depoimento na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática da capital carioca. Não falou com a imprensa, mas, por meio de nota, afirmou que o caso do qual foi vítima “não é isolado e é exatamente o que acontece com milhares de outros negros no país”.
O delegado também disse que a polícia já tem suspeitos identificados e pretende quebrar o sigilo de pelo menos trinta pessoas que escreveram as ofensas à atriz. Mesmo que os perfis tenham sido apagados, ainda é possível rastreá-los, segundo Alessandro Thiers.
+ Polícia identifica suspeito de racismo contra Maju Coutinho
Caso similar
A jornalista Maria Julia Coutinho, que apresenta a previsão do tempo no Jornal Nacional, da Rede Globo, também foi vítima de racismo em julho. Uma publicação na página oficial do programa no Facebook, que trazia uma foto da jornalista Maju para ilustrar a chamada “tempo fica firme em grande parte da região central do Brasil nesta sexta”, recebeu diversos comentários preconceituosos.
À época, William Bonner e a equipe do JN saíram em defesa da colega com a hashtag #somostodosmaju.