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Ministério Público abre inquérito para investigar “pegadinha” de Haddad

No último domingo (15), prefeito divulgou agenda pública falsa em protesto contra comentarista da Rádio Jovem Pan

Por Sérgio Quintella
Atualizado em 27 dez 2016, 17h46 - Publicado em 19 Maio 2016, 19h25
Fernando Haddad
Fernando Haddad (Valter Campanato/ABR/)
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Nesta quinta (19), o Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação para apurar o “trote” que Fernando Haddad, do PT, aplicou no historiador Marco Antonio Villa, comentarista da Rádio Jovem Pan e crítico da gestão municipal. O especialista comenta diariamente no ar a agenda pública do prefeito.

Na segunda-feira (16), em uma pegadinha, o político trocou, por algumas horas, a lista de seus compromissos pela de outro governante. O petista usou o Facebook para explicar a brincadeira. Com o título “Trote num pseudointelectual”, chamou Villa de “projeto de intelectual” e justificou a agenda “em branco” por ser “caluniado todos os dias”. Queria ver Villa “comentar, uma vez na vida, o dia-a-dia de quem ele lambe as botas”.

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Porém, para o Ministério Público, o prefeito não poderia ter usado um meio público para atingir qualquer pessoa.

Segundo o promotor Nélson Luís Sampaio de Andrade, da Promotoria do Patrimônio Público e Social, “a conduta, se comprovada, além de incompatível com a dignidade e o decoro do cargo, afronta diretamente os principios da publicidade, da transparência, da impessoalidade, da moralidade e do interesse público, dentre outros, a configurar, inclusive, a prática de ato de improbidade administrativa”.

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Haddad tem no máximo dez dias para se pronunciar.

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