Por que ovos de Páscoa custam tão caro?
Comparação de preço com tabletes de chocolate parece surreal, mas fabricantes dão sua versão
Pagar mais de cinquenta reais para comer meio quilo de chocolate ao leite – não de fabricantes premium, mas de marcas comuns nas prateleiras do supermercado? Sim, parece um disparate: a comparação dos preços entre tabletes e os ovos de Páscoa soa revoltante. O tema sempre volta à tona nas redes sociais quando se aproxima o mês da celebração cristã, por internautas que falam de “absurdo” a “roubo”. Os fabricantes, porém, argumentam que a precificação não é injusta como pode parecer.
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A Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) explica que a fabricação de ovos de chocolate passa “por processo complexo e trabalhoso, que acarreta maiores custos de produção”. Além disso, durante o período de produção, que pode durar até seis meses, são contratados funcionários extras para reforçar as equipes. “Produtos assim frágeis também pedem cuidados adicionais de transporte e armazenamento”, explica a associação.
Para as empresas do setor, os ovos de chocolate são considerados como presentes, por isso contam com embalagens diferenciadas e, em alguns casos, brinquedos em seu interior, no lugar de bombons. Para as marcas Nestlé e Garoto, a diferença no preço se justifica também pelo “desenvolvimento de embalagens especiais e processo manual de embalagem – que melhor se adequa à delicadeza dos produtos – armazenamento e transporte diferentes da barra de chocolate tradicional, entre outros fatores”, explica a assessoria de imprensa das marcas.
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Pesquisamos, em 25 de fevereiro, os preços dos ovos de Páscoa e de bombons e tabletes equivalentes em diversos e-commerces de lojas como Americanas, Pão de Açúcar e Sonda Delivery. Confira a comparação de valores: