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OLÁ,

“Não queremos grandes aglomerações no centro”, diz André Sturm

Em coletiva de imprensa, André Sturm, que assumirá a Secretaria de Cultura da capital falou sobre o futuro da Virada Cultural

Por Veja São Paulo
Atualizado em 1 jun 2017, 15h48 - Publicado em 8 dez 2016, 13h51
André Sturm MIS - Cultura 2269
André Sturm MIS - Cultura 2269 (Fernando Moraes/)
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Na manhã dessa quinta-feira (8), o futuro secretário de cultura da capital, André Sturm, voltou a afirmar que a Virada Cultural sofrerá mudanças. A principal delas é a transferência dos grandes palcos para uma área menos central.  “A Virada no centro continuará existindo, porém com outras atividades e em aparelhos que devem ser melhor aproveitados, como o Teatro Municipal e Biblioteca Mário de Andrade”, afirmou.

Segundo ele, o objetivo é evitar grandes aglomerações de pessoas. “Não fui nessa última Virada pois estava viajando, a data coincidiu com o Festival de Cannes”, afirmou Sturm. “Mas conversei com meus amigos e eles disseram que desistiram de ir por causas das aglomerações”, completou.

O objetivo da coletiva foi explicar a proposta de mudar os maiores palcos, como os montados tradicionalmente na Júlio Prestes e no Largo do Arouche, para o Autódromo de Interlagos. “O local foi uma das opções, já que o Estádio do Pacaembu e o Parque do Ibirapuera não podem ser usados”, diz.

Virada Cultural 2016
Virada Cultural 2016 ()
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Segundo ele, esses grandes shows nas ruas do centro teriam “desvirtuado” justamente a proposta da Virada de ocupar o centro. “A pessoa desce do ônibus, assiste ao show e vai embora”, afirma. “Não é isto que a gente quer.”

Mas transferir a Virada para um local fechado não faria justamente isso? “Manteremos atividades espalhadas pelo centro e outras regiões”, respondeu o futuro secretário. Sobre as dificuldades de deslocamento do público até Interlagos, Sturm diz que a Secretaria de Transportes trabalhará junto durante a Virada.

O estudo da viabilidade de transferir shows da Virada para o Autódromo, porém, não foi concluído. Sturm afirmou que não sabe qual é a capacidade total do espaço. “Se não couber ao menos 500 000 pessoas, se torna inviável”, disse. Partes do Autódromo já foram usadas para receber eventos de música, como o Lollapalooza e Maximus Festival, no entanto, o público máximo registrado foi de 80 000 pessoas. Caso a capacidade não seja atendida, ele não citou um local alternativo para a realização dessas apresentações. “Esse não era o nosso plano A. Meu sonho era fazer a Virada no Pacaembu.”

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Na noite de quarta (7), a Câmara dos Vereadores aprovou em primeira votação um projeto de lei que coloca a Virada Cultural como política da cidade, com regras de como ela deve ser realizada, incluindo sua manuntenção no centro. Para Sturm, a proposta da Virada 2017 não vai contra esta proposta. “Continuaremos no centro, expandiremos para ainda mais bairros e, sim, vai acontecer no primeiro semestre”, afirmou. O projeto caminha para segunda votação antes de passar para o atual prefeito Fernando Haddad.

Durante a coletiva, o grupo Minha Sampa entregou a Sturm uma petição com 4 000 assinaturas para que se mantenha a Virada Cultural no formato atual, sem que ela ocupe o Autódromo. 

 

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