“Minha ex-dona, uma senhora que morava na Zona Leste, comprou um casal de coelhos. Descuidada quanto ao fato de que nós nos reproduzimos rápido, ela logo se viu com centenas de dentuços em casa. Eu era um deles. Vivíamos abandonados. Estávamos doentes e famintos, em um espaço cheio de sujeira. Somos territorialistas e, como nos apertávamos em quartos pequenos, sempre brigávamos. Eu protegia minha irmã e, por isso, levava um monte de dentadas. Quando um coletivo de protetoras veio nos resgatar, em março do ano passado, eu tinha várias feridas pelo corpo, que me renderam cicatrizes. Esse grupo conseguiu uma nova casa para mim, para onde me mudei três meses depois. No começo, eu era desconfiada e arisca. Aos poucos, fui me soltando. Adoro couve e maçã. Sou só chamegos com minha dona, que é bióloga, e também com meu namorado-coelho que mora comigo (e é castrado), o Koala.”
— Preguiça, 2 anos
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