Após prisão na Suíça, José Maria Marin é banido temporariamente pela Fifa
Cartola foi detido com outros dirigentes durante operação que investiga esquema de corrupção na entidade máxima do futebol
A Fifa, entidade que rege o futebol mundial, anunciou nesta quarta (27) o banimento temporário de onze suspeitos de integrar esquema de corrução na entidade. Entre eles está José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), preso na manhã de hoje em Zurique (Suíça).
“As acusações estão claramente relacionadas ao futebol e são de uma grave natureza que foi imperativo tomar medidas rápidas e imediatadas”, disse Hans-Joachim Eckert, presidente do comitê de ética da Fifa. “O processo seguirá de acordo com o Código de Ética da Fifa.”
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Com o banimento temporários, eles ficam proibidos de realizar qualquer atividade relacionada ao futebol, em nível nacional ou internacional. Também receberam a sanção Jeffrey Webb (vice-presidente da Fifa, presidente da Concacaf), Rafael Esquivel (presidente da Federação Venezuelana e membro do comitê executivo da Conmebol), Eduardo Li (presidente da Federação Costarriquenha e membro dos comitês executivos da Fifa e da Concacaf), Eugenio Figueredo (vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Conmebol e da federação uruguaia), Julio Rocha (presidente da federação da Nicarágua), Costas Takkas (dirigente da Concacaf), Jack e Darryll Warner e Chuck Blazer.
Prisão
O manda-chuva da CBF foi preso nesta quarta (27) em Zurique. Além do brasileiro, outros seus dirigentes da Fifa, entidade que comanda o futebol mundial, foram detidos durante operação surpresa, desencadeada a pedido de autoridades dos Estados Unidos. Os cartolas são investigados por suspeita de corrupção.
Segundo a polícia suíça, eles são suspeitos de esquema de corrupção que teria movimentado mais de 100 milhões de dólares dentro da Fifa nos últimos vinte anos. Entre as fraudes estão extorsão e lavagem de dinheiro em negócios ligados a torneios na América Latina e em acordos de marketing e transmissão televisiva.
Entre os detidos, além de Marin, estão Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. A investigação mira dirigentes da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf).
Os dirigentes foram detidos no hotel cinco estrelas Baur au Lac, em Zurique, onde estavam reunidos para um congresso anual da Fifa.
Walter de Gregório, diretor de comunicação da Fifa, afirmou em entrevista coletiva após as prisões que a entidade é parte “prejudicada” e que está auxiliando as autoridades.
Nesta sexta (29), a Fifa realiza a eleição do novo presidente. Joseph Blatter, no cargo desde 1998, deve ser reeleito. Seu único adversário é o príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein. O ex-jogador português Luís Figo, que chegou a concorrer, desistiu na semana passada.