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OLÁ,

“Ninguém veio me buscar”

Ao atravessar o portão do presídio, Silvan Santos rapidamente trocou o sorriso por um semblante amarrado

Por Daniel Bergamasco
Atualizado em 5 dez 2016, 15h26 - Publicado em 22 nov 2013, 19h02

Quando passou pelo portão do complexo Belém 2, na Zona Leste, na segunda-feira 11, Silvan Santos rapidamente trocou o sorriso por um semblante amarrado. “Ninguém veio me buscar”, lamentou ele, de longe o mais calado dos egressos acompanhados pela reportagem. “Deveriam ter acompanhado meu processo”, continuou. Referia-se à família, que mora em Guarulhos? “Também”, falou, encerrando o assunto. Silvan foi preso em 2006, por homicídio. Ele diz que, na ocasião, tentava defender um irmão, jurado de morte. Questionado sobre a nova vida, antes de tomar o ônibus rumo à casa da mãe, respondeu, lacônico: “Nada me anima”.

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