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Dicas importantes para ajudar na vida escolar

Como escolher o colégio de acordo com o perfl da criança, auxiliar no ensino de matemática e estimular a leitura

Por Jussara Soares
Atualizado em 17 Maio 2024, 17h10 - Publicado em 20 mar 2015, 23h00
Especial Crianças
Especial Crianças (Jon Feingersh/GettyImages/)
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De que forma os pais podem auxiliar nas tarefas de casa, sem interferir no estudo?

A hora do estudo é uma boa oportunidade para criar um momento de interação entre pais e filhos, mas alguns cuidados precisam ser observados. Em um primeiro momento, a criança deve ser deixada sozinha com a tarefa, para ganhar autonomia. Os adultos entram somente no fim, para revisar o conteúdo e apontar equívocos. Se o estudante demonstrar incapacidade de resolver questões, é melhor deixá-las em branco e enviar um bilhete com as dúvidas ao professor. 

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Em quais situações uma escola com método alternativo de ensino é a melhor opção?

Instituições do tipo trabalham valores como sociabilidade, solidariedade e habilidades cognitivas, além do conteúdo das disciplinas curriculares — esse último, foco exclusivo das tradicionais. Na hora da decisão, os pais devem avaliar o perfil dos filhos e suas aspirações. Em geral, escolas convencionais costumam ser mais adequadas para formar profissionais na área de exatas. Quem pretende seguir carreira na de humana pode se adaptar melhor em colégios com pedagogia alternativa. 

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Qual a mochila adequada para não prejudicar a postura da criança?

As ideais são as equipadas com rodinhas, principalmente para quem percorre o caminho até a escola a pé. Depois vêm aquelas com alças, para ser carregadas nos (dois) ombros. Nesse caso, elas devem ser presas com fivela também no abdômen, de forma a proporcionar à criança uma postura ereta. As bolsas semelhantes às dos carteiros, para ser penduradas de lado, não são recomendadas para crianças.

Como não sobrecarregar os estudantes com atividades extracurriculares?

Uma forma simples de não lotar a agenda é espalhar os compromissos externos ao colégio em dias intercalados da semana: segunda sim, terça não, e por aí vai. O ócio é útil ao desenvolvimento infantil. Os pais devem deixar espaço livre para que a criança brinque, curta a própria casa, organize seus brinquedos, cuide do bicho de estimação e tome decisões sobre o que pretende fazer. O único cuidado é evitar que esse tempo solto seja gasto apenas diante da televisão ou do tablet. 

Especial crianças
Especial crianças ()

Qual a forma de incentivar a leitura desde a infância?

Essa é quase uma unanimidade entre pedagogos: se os pais lêem com frequência, certamente o filho terá interesse pela leitura. As crianças devem ganhar livros de presente mesmo antes de ser alfabetizadas. Ao ler para elas, o adulto deve explorar a obra, mostrar a capa, a contracapa, apresentar o autor e explicar qual é o gênero. Esse hábito deve continuar mesmo após os pequenos aprenderem a juntar sílabas sozinhos. Levá-los a livrarias, bibliotecas e a rodas de contação de histórias são outras maneiras de incentivar a paixão pela literatura. 

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Devo estimular meu filho nas áreas em que ele tem mais talento ou investir em um conhecimento abrangente?

A criança se sente valorizada e estimulada a continuar investindo nas próprias habilidades quando reconhece seu talento natural. Então, essa deve ser a prioridade. No entanto, é aconselhável que ela seja desafiada nas áreas em que não tem aptidão. Nesses casos, os pais devem parabenizar os filhos mesmo pelos pequenos avanços. 

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A partir de qual idade é seguro frequentar a colônia de férias?

Crianças de 7 e 8 anos já se sentem maduras e seguras para ficar longe dos pais. Antes do acampamento, é fundamental realizar uma visita ao local e conhecer a estrutura e os profissionais. Como teste, os responsáveis também devem realizar pequenas “experiências”, permitindo que o filho durma na casa dos avós, passe o dia em atividades recreativas na escola e participe de “festas do pijama” com colegas.

Há um segredo para fazer o aluno gostar de matemática?

A disciplina virou um mito, muitas vezes por medo dos próprios pais. Em linhas gerais, o recomendado é mostrar como o conhecimento pode ser aplicado no dia a dia e apresentá-lo de forma lúdica, para quebrar o tabu. Isso inclui usar materiais como bloquinhos de madeira no ensino dos primeiros cálculos. Jogos de tabuleiro e de raciocínio também são ótimos aliados. Outra dica para evitar rejeição é não forçar a criança a estudar por períodos longos: no máximo, duas horas por dia. 

Quais são os instrumentos indicados para a iniciação musical?

Os de percussão costumam ser os mais adequados, pois não exigem leitura de partituras, trabalham em grupo e estimulam o desenvolvimento. Uma sugestão interessante é deixar a criança experimentar vários até encontrar um com que se identifique. 

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Contratar um professor particular é solução quando o filho tira notas baixas?

Em primeiro lugar, é preciso conversar com os professores sobre a real necessidade. Se for a decisão indicada, o profissional deverá ajudar em conteúdos específicos. Não pode tornar-se uma “muleta” para o aluno, que precisa ser independente no aprendizado. Além disso, não adianta recorrer a essa alternativa às vésperas das provas. 

Quando devo optar pela creche em vez da babá?

É bom começar a frequentar uma escolinha a partir dos 2 anos de idade. O contato com outras crianças estimula o desenvolvimento, ensina a dividir o espaço e os brinquedos, enriquece o vocabulário e auxilia no processo de abandonar a fralda e a mamadeira. 

Como ajudar na adaptação da criança ao trocar de colégio?

O ideal é que esse tipo de mudança só ocorra em caso grave. Se não houver outra solução, os pais devem explicar o real motivo da troca, seja uma questão financeira, seja mudança de residência, por exemplo. Visitar a escola com o filho antes do primeiro dia de aula, apresentando o novo ambiente e coordenadores, facilita a adaptação.

Fontes: Cristiane Saes Pedro (coordenadora pedagógica da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I do Colégio Madre Cabrini), Cristina Carvalho (coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental I do Colégio Joana D’arc),  Henrique Sodré (médico e professor de ortopedia pediátrica da Unifesp), Marta Cesaro (coordenadora pedagógica do Colégio Madre Alix), Neide Noffs (diretora da Faculdade de Educação da PUC-SP), Quézia Bombonatto (diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia) e Silvia Basile (presidente da Associação Férias Vivas)

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