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OLÁ,

Paciente com suspeita de ebola é transferido para o Rio de Janeiro

Vindo de Guiné, africano de 47 anos estava em uma área de isolamento em um hospital em Cascavel, no Paraná

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 13h59 - Publicado em 10 out 2014, 09h25

O avião da Força Aérea Brasileira transportando um africano de 47 anos com suspeita de ebola desembarcou por volta das 6h30 desta sexta-feira (10) na base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. O homem estava internado na Unidade de Pronto Atendimento em Cascavel, no Paraná, e foi transferido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, que é referência no país em doenças infecciosas. O caso foi comunicado na noite de quinta-feira (9) ao Ministério da Saúde pela secretaria Estadual do Paraná. O paciente veio de Conacre, capital da Guiné.

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A notícia ocorre no mesmo dia em que o Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirmou que, embora baixo, existia o risco de o Brasil registrar um caso da doença. Pela manhã, ele falou que o sistema de vigilância montado era adequado e que instituições de saúde estavam em treinamento constante para identificar casos suspeitos e para adotar as medidas de segurança necessárias, caso isso ocorresse.

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O mundo vive hoje a pior epidemia de ebola da história. Foram registrados 8 011 casos na Guiné, Libéria e Serra Leoa, com 3 857 mortes, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde. Nigéria, Senegal e Estados Unidos e Espanha apresentaram transmissões localizadas. Juntos, foram contabilizados nestes países 21 pacientes com a doença e 8 mortes.

Transmitida por um vírus, a doença é fatal em cerca 65% dos casos. A infecção ocorre por meio do contato com sangue, fluidos corporais da pessoa infectada ou do animal doente, como macacos, capivaras e porcos-espinhos. Ao contrário de outras doenças, no entanto, a transmissão ocorre quando o paciente já apresenta os sintomas da infecção. Os principais são febre, fraqueza, dores abdominais, vômito e hemorragias. A incubação – período entre o contágio e a manifestação dos primeiros sintomas – pode variar entre 2 a 21 dias. Não há remédio específico para o ebola.

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Em agosto, o Centro de Operações de Emergência em Saúde do Governo Federal acionou o nível dois de emergência, o penúltimo na escala de gravidade, que permite o deslocamento de equipes federais para regiões com suspeita da doença no país sem a necessidade de autorização dos governos locais.

Desde que a Organização Mundial de Saúde decretou emergência, o Brasil adotou um conjunto de medidas para prevenir a transmissão e permitir a rápida identificação de um caso suspeito da doença, com isolamento e tratamento.

O grupo Executivo Interministerial para Emergências em Saúde Pública foi convocado. Além disso, videoconferências semanais com todos os estados são realizadas. Simulações também foram feitas em hospitais de referência e em aeroportos.

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De acordo com o plano traçado, casos suspeitos devem ser encaminhados para hospitais de referência. Essas unidades de saúde, no entanto, fazem apenas a primeira triagem. Casos confirmados, de acordo com a estratégia, devem ser enviados para dois hospitais: Instituto Nacional de Infectologia, no Rio, e Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, onde os pacientes ficam internados. O teste de diagnóstico para comprovação da infecção é feito no Instituto Evandro Chagas. (Com informações do Estadão Conteúdo)

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