Demi Lovato emociona crianças e adolescentes no Citibank Hall
Cantora americana apostou em hits, elogiou o público brasileiro e homenageou fã em apresentação que abriu a turnê <em>The Neon Lights</em> em São Paulo nesta terça-feira (22)
Eles estavam em polvorosa. Aglomerados em frente á grade que os separava do palco, os “lovatics” (como gostam de ser chamado os fãs de Demi Lovato) se alvoroçavam ao menor sinal de que o show da cantora iria finalmente começar. Bastava um teste de luz, uma passagem de som ou a exibição das habituais recomendações de segurança para incitar a gritaria. Marcada para começar às 21h30 de terça-feira (22), a apresentação atrasou 17 minutos – suficientes para aumentar a expectativa.
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A abertura ficou por conta das Rosso Sisters, girl band iniciante que conseguiu agradar mesmo os que não seguravam a ansiedade pela atração principal. Um tanto insossas e sem pudor para disfarçar o playback, as belas inglesas Milly, Becky, Georgina e Lola mostraram um pop fácil e um figurino mínimo.
Mais quarenta minutos de espera até que de repente as luzes se apagaram. Celulares à mão, banda a postos e o show de Demi Lovato começou. Ao som de Heart Attack e com apliques coloridos nos cabelos, Lovato apostou no maior hit de seu último álbum, Demi (2013), e deu certo. A plenos pulmões, a plateia entoou a canção do primeiro ao último verso. Era só uma prévia do que estava por vir.
O ritmo animado continuou com Remember December, Fire Starter e The Middle, na qual a cantora assumiu as baquetas e tocou percussão. Uma das preferidas do último trabalho, Really Don’t Care foi encerrada com o coro “Demi, eu te amo”, cena que se repetiria diversas vezes durante a noite. “Eu não devia falar isso”, derreteu-se a cantora, em inglês. “Mas vocês lembram de todas as minhas músicas! Brasil, eu te amo.”
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Na metade do evento, Demi comentou sobre os problemas que já teve ao longo da carreira e do apoio à luta contra o bullying. “Eu não dou a mínima se alguém não quiser ouvir”, decretou. Todos, entretanto, estavam vidrados.
Lembrou também do distúrbio alimentar e da dependência de drogas que a fizeram cancelar uma turnê em 2010 e buscar tratamento em uma clínica de reabilitação. Até que foi interrompida por seu staff. Ela tomou conhecimento da história de Milena, uma fã ainda não identificada que teria sido atropelada nas proximidades do Citibank Hall quando ia ao local acampar à espera do show. Segundo o relato, a garota segue internada. Não se sabe o seu estado de saúde.
Demi recolheu uma placa na qual se lia “Stay Strong Milena” (Seja forte, Milena) e pediu para que fosse feita uma oração pela sua melhora enquanto interpretava Two Pieces. A motivacional Warrior deu continuidade ao trecho mais calmo da apresentação. Cantando até mesmo as músicas menos conhecidas do repertório do início ao fim, o público poderia fazer inveja até mesmo ao mais fanático dos roqueiros.
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Got Dynamite, Unbroken e Neon Lights formaram a parcela mais pesada da noite, com direito a solos de guitarra do talentoso Mike Manning. Na primeira, Lovato até se arriscou de maneira suspeitíssima por alguns breves instantes no instrumento. Mãos formando coraçõezinhos no ar, berros, pinturas faciais e bexigas brancas… Ninguém estava ali para prestar atenção nesses detalhes.
Pausa e volta para o bis. Como se repetiu ao longo da turnê, Demi encerrou com Skyscraper e Give Your Heart a Break, hits que levaram alguns às lágrimas. O sorriso no rosto não deixou dúvida: Demi Lovato, que ainda canta aqui nesta quinta (24) e sexta (25) com ingressos esgotados, começou com o pé direito a série de três shows em São Paulo.