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OLÁ,

Antônio Ermírio de Moraes é enterrado

Aos 86 anos, ele faleceu por insuficiência cardíaca em sua casa em São Paulo

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 14h10 - Publicado em 25 ago 2014, 09h53

Presidente de honra do Grupo Votorantim, o empresário Antônio Ermírio de Moraes foi enterrado na tarde desta segunda-feira (25) no Cemitério do Morumbi, Zona Oeste de São Paulo. Fundador de um dos maiores grupos empresariais do país, Antônio Ermírio morreu, aos 86 anos, na noite de domingo (24), vítima de insuficiência cardíaca.

O empresário deixa esposa Maria Regina Costa de Moraes, com quem teve nove filhos.

Em nota, o Grupo Votorantim afirma que perdeu um grande líder, “que serviu de exemplo e inspiração para seus valores, como ética, respeito e empreendedorismo”.

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Histórico

Antônio Ermírio de Moraes nasceu em São Paulo em 1928. Era o segundo dos quatro filhos do empresário pernambucano José Ermírio de Moraes. Ele era engenheiro metalúrgico formado pela Colorado School of Mines (EUA) e iniciou sua carreira no Grupo Votorantim em 1949, sendo o responsável pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio, inaugurada em 1955.

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O empresário assumiu a empresa ao lado do irmão, José Ermírio, em 1973. Juntos foram responsáveis por diversificar a atuação da companhia e transformá-la em uma multinacional. No último levantamento da Forbes, ele ocupava a 9ª colocação no ranking de bilionários brasileiros, com uma fortuna estimada em 3,1 bilhões de dólares.

Em 1986, candidatou-se ao governo de São Paulo pelo PTB, mas acabou perdendo para Orestes Quércia.

Além dos trabalhos filantrópicos, especialmente em favor da Sociedade Beneficência Portuguesa e a Cruz Vermelha Brasileira, Antônio Ermírio também se dedicou ao teatro. É autor de “Brasil S.A.”, “SOS Brasil” e “Acorda Brasil”.

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Antônio Ermírio de Moraes sempre carregou a reputação de trabalhador incansável. Um marca-passo no coração, porém, o impedia de fazer uma das coisas de que mais gosta: visitar os alto-fornos de suas indústrias. Passear por fábricas, aliás, sempre foi uma espécie de hobby. Na sua viagem de lua-de-mel, em 1953, visitou companhias de aço na Áustria e na Alemanha.

O empresário sempre cultivou uma fama quase folclórica de homem que rejeitava qualquer tipo de ostentação. Passou duas décadas sem comprar um terno e durante anos usou roupas que herdou do pai, o senador pernambucano José Ermírio de Moraes, morto em 1973. Em 2001, ele deixou o conselho de administração do Grupo Votorantim, quando os filhos assumiram o comando.

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Quando estudava nos Estados Unidos, no fim da década de 40, descobriu por acaso que só tinha um rim. “Tive uma crise renal e fui ao médico”, lembrou ele em entrevista para a VEJA SÃO PAULO em 2010. Nos últimos anos, ele enfrentava a doença de Alzheimer.

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