Acusado de abuso sexual, goleiro brasileiro é procurado pela polícia canadense
As autoridades do Canadá emitiram um mandado de prisão contra o jogador da seleção de polo aquático
A polícia canadense emitiu nesta sexta (24) um mandado de prisão contra Thye Bezerra Matos, goleiro reserva da seleção brasileira de polo aquático, acusado de abuso sexual durante os Jogos Pan-Americanos de Toronto. As autoridades ainda não sabem o paradeiro do atleta.
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“O melhor cenário para este caso é que ele se apresente em Toronto para encarar as acusações”, declarou a inspetora-chefe de crimes sexuais Joanna Beaven-Desjardins. Thye Bezerra já deixou o Canadá porque a disputa do polo aquático acabou no dia 15, na semana passada. O atleta já deve estar na Rússia, onde defenderá a seleção brasileira no Mundial de Esportes Aquáticos, em Kazan. A competição começou nesta sexta.
De acordo com a acusação, o atleta do polo aquático teria abusado sexualmente de uma garota canadense de 22 anos, no dia 16 de julho. O nome da vítima, que fez a denúncia, não foi revelado pela polícia.
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Segundo a inspetora-chefe, Thye entrou na casa da garota e foi até o quarto dela. Ele estava acompanhado de um amigo, que até o momento não é suspeito. Nenhum deles usava uniforme da delegação brasileira.
“A vítima foi dormir, o senhor Bezerra entrou no quarto dela e a abusou sexualmente. Ele e o amigo deixaram a residência. O senhor Bezerra estava no Canadá no período entre 3 de julho a 16 de julho, na região central, competiu em Markham pelo time brasileiro de polo aquático. Se alguém tiver qualquer informação sobre o suspeito, por favor, entre em contato com a polícia de Toronto”, declarou Joanna.
A pena máxima para o crime de “sex assault”, de acordo com a legislação canadense, é de 15 anos de detenção – a legislação local não diferencia estupro de assédio sexual. “É algo que vamos tratar como qualquer outra acusação de abuso sexual. Não há registro de nenhum outro caso nos Jogos”, explicou a inspetora-chefe.
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A polícia de Toronto espalhou fotos do goleiro pela cidade. “Podem ter outras vítimas. Ele passou duas semanas em Toronto. Por isso, a foto foi divulgada publicamente e, se alguém cruzou ou teve algum tipo de experiência com ele ou tem mais informações, entre em contato”, continuou Joanna.
Como o atleta já deve estar na Rússia, Joanna não descarta a possibilidade de pedir a extradição do brasileiro. “Daremos procedimento ao processo, temos os melhores investigadores da América do Norte envolvidos no caso, coletamos todas as evidências exigidas e ao mesmo tempo trabalhamos para trazê-lo de volta para enfrentar as acusações.”
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Desde as primeiras horas do dia, os dirigentes brasileiros já começaram a buscar informações e ajuda. “Depois que soubemos do caso, fizemos três ações: contatamos um advogado daqui de Toronto para preparar para qualquer necessidade, contatamos o consulado brasileiro e falamos com o Ricardo de Moura, chefe da delegação lá em Kazan, mas eles ainda não tinham qualquer informação”. disse Marcus Vinícius Freire, superintendente do Comitê Olímpico do Brasil.