Vila Anália

Resenha por Arnaldo Lorençato

Ganhador de estreia do ano em 2022 e montado a um custo de pelo menos 20 milhões de reais nos cálculos do igualmente premiado restaurateur Guilherme Temperani, o megacomplexo gastronômico da Zona Leste entrou em período de acomodação. Em particular, são muito bons dois restaurantes, o francês Merci e o italiano Temperani. No Merci (12h/15h e 19h/23h; qua. e qui. jantar até 23h30; sex. almoço até 16h e jantar até 0h; sáb. sem intervalo até 0h; dom. sem intervalo até 12h), sob a direção da chef Natália Carnellos Padovani, vão bem a deliciosa pancetta de porco com picles de cebola-roxa e redução bem espessa de romã (R$ 49,00) e os camarões perfeitamente grelhados com arroz provençal (R$ 119,00).

Conduzido pelo talentoso Antonio Maiolica, o Temperani (12h/16h e 19h/23h30; qua. e qui. sem intervalo; sex. e sáb. sem intervalo até 0h; dom. sem intervalo até 22h) tem acertos como o tenro nhoque de batata ao molho de tomate, muçarela fior di latte e manjericão (R$ 89,00) e o espaguete à carbonara com ovo caipira, peito de pato curado, pancetta e uma alegria de pimenta-do-reino (R$ 84,00).

À frente também do grego Mii (12h/16h e 18h/0h; sex. e sáb. sem intervalo até 1h; dom. sem intervalo até 22h; fecha seg.), na cobertura, o chef apresenta um cardápio no qual predominam receitas italianas. Uma boa exceção: spanakopita (R$ 49,00), o pastel de massa folhada recheado de ricota com espinafre e assado no forno.

O espanhol, montado como um grande balcão na entrada e cujo último nome era La Rambla, não decolou gastronomicamente e deve se transformar em uma unidade do restaurante Carlinhos e se dedicar ao arais. Outro espaço cuja comida não empolga é o japonês Susume, onde o arroz do sushi pode ser quase árido.

Informações checadas em outubro de 2022.