Le Bulô

Resenha por Arnaldo Lorençato

Teste de agendamento.

Uma agradável brisa litorânea, via Rio de Janeiro, sopra no Itaim Bibi desde março. Vem da capital fluminense o chef Ricardo Lapeyre, cujo pai, Claude Lapeyre, fez história por lá ao trabalhar no Hippopotamus, de Ricardo Amaral. O cozinheiro de 36 anos que aderiu mais recentemente aos pescados com a abertura, em 2021, do carioca Escama, no Jardim Botânico, lançou sua âncora na cidade com o Le Bulô. O restaurante serve um cardápio marinho sazonal, que une produtos frescos preparados com forte influência francesa. Entusiasma o plateau do chef, infelizmente, apenas em versão para duas (R$ 220,00) ou quatro pessoas (R$ 420,00). É uma seleção de cinco pedidas que variam constantemente. Na maior das fotos que ilustra esta crítica, era uma combinação de atum com stracciatela e tangerina, ostra na brasa com vieira e molho ponzu, pescada-amarela crua com tucupi e shissô e saladas waldorf com camarão e de aratu com abacate. Tinha a companhia de telha de alga nori, tempurá de shissô e brioche. Eu mesmo provei outras pedidas recentemente e quem for ao restaurante, hoje, certamente encontrará combinações diferentes. Depois dessa primeira etapa, o percurso pode trazer peixes grelhados que também mudam a depender do dia. De pele crocante e tostada sobre a carne úmida, o pargo (R$ 125,00) chama a atenção. Consegue ser ainda mais saboroso que a prejereba (mesmo preço), que salta da grelha com os mesmos predicados. De guarnição, pode vir a deliciosa tarte tatin de tomatinhos coloridos (R$ 36,00). Saem do fogão pratos como o orecchiette, expedido com mexilhão, lambreta e vôngole na minha visita, e, agora, feito com ragu de polvo e tomate assado (R$ 98,00). Reserve-se para o mil-folhas em forma de renda enrolada entremeada de creme de maracujá ao Cointreau (R$ 44,00). Durante a semana, oferece um bom menu executivo por R$ 98,00.

Informações checadas em julho de 2024.