Giugiu

Teste de agendamento.

Quem entra pela porta principal do Shops Jardins precisa galgar um lance de escadas e se dirigir à esquerda. No fim do corredor e da mesma largura que ele, fica um pequeno beco em formato de “l”, aberto ao público em abril depois de uma longa reforma. É o Giugiu, endereço italiano do grupo carioca Gitan em parceria com o empresário Lucas Albuquerque, sócios que mantêm ainda o francês Roi Méditerranée também no centro de compras. Um detalhe interessante nesse salão é o mó- vel em curva e cheio de gavetinhas criado pelo artista Francisco Nuk — faz lembrar, ainda que não intencionalmente, uma antiga tradição do bistrô parisiense Bouillon Chartier, que existe desde o século XIX: um gaveteiro de madeira para guardar guardanapos dos habitués. Para montar o cardápio do novo estabelecimento, foi convidado o carioca Rodrigo Guimarães, que teve seu rosto mais divulgado quando venceu a terceira temporada do extinto reality culinário Mestre do Sabor, mas trabalhou uma década com Felipe Bronze no Rio de Janeiro e chegou a chef-executivo do estrelado Oro. O repasto pode começar com o piacere, um canapé gratinado de creme de queijo e cebola assentado sobre rodelas de pão de miga. Custa R$ 22,00, mas, apesar do preço atraente do petisco, o cardápio está longe de ser barato. Vale pinçar o apetitoso gnudi al sugo (R$ 82,00), ravióli de ricota e espinafre na forma de bolotas típico da Toscana disposto sobre molho de tomate de sabor suave. As massas trazem ainda uma boa surpresa: o tortellini cacio e pepe (R$ 146,00). Esse macarrão fresco encapsula o famoso molho romano de queijo e pimenta antes de ser passado na manteiga e ganhar a adição de tartare frio de camarão fresco ao limão-siciliano, num jogo de texturas e temperaturas. Mais parrudo, o stinco di maiale al forno (R$ 198,00) traz a carne da canela do porco desfiada e transformada em discos ao molho glace reforçado por pimentas e zimbro sobre risoto agridoce no caldo de maçã e cogumelos shiitake e eryngui mais folhas de espinafre. No tiramisu (R$ 56,00), em vez dos clássicos biscoitos savoiardi, no Brasil substituídos pelo champanhe, o cozinheiro prefere o pão de ló embebido numa calda de café e entremeado por camadas de creme de mascarpone de uma leveza exemplar.

Informações checadas em junho de 2024.