Casa Tão Longe, Tão Perto

Resenha por Saulo Yassuda

Com a meta de divulgar o trabalho de pequenos produtores de vinho nacional, a Tão Longe, Tão Perto tem levado opções menos conhecidas a restaurantes e bares do país. Uma amostra mais completa desse projeto da sommelière paulistana Gabriela Monteleone e do importador argentino Ariel Kogan pode ser apreciada na Casa Tão Longe, Tão Perto, bar aberto pela dupla de empresários em março de 2023. Além do nome pichado num dos pilares do imóvel da Barra Funda, a informalidade também é encontrada no arejado salão com sofá, caixotes e cadeiras, algumas de praia, e no serviço, que ajuda no básico. A forma de beber também se mostra bem à vontade: os vinhos saem direto de até nove torneiras, que despejam líquidos de produção limitada que, não raro, desaparecem e dão vaga a novidades. Em comum, são leves, frescos, fáceis de tomar e vêm do Rio Grande do Sul. É o caso de um laranja com a cepa malvasia branca (R$ 25,00 a taça), elaborado pela Faccin, de Monte Belo do Sul, e o branco de uva lorena (híbrida da malvasia branca e seyval; R$ 20,00), da Dom Dionysius, em Caxias do Sul, mesmo produtor que atualmente manda o rosado (R$ 20,00), um corte de lorena e merlot. A galera que é dos tintos tem, entre as sugestões, um sangiovese (R$ 20,00) da Valparaíso, de Barão, outro que merece ser provado. Além de pedir em dose, o freguês tem a possibilidade de solicitar a bebida em vasilhames de 1 litro (R$ 130,00 ou R$ 195,00) ou de, nas prateleiras, escolher garrafas de marcas da Argentina, do Chile e da Espanha, boa parte trazida pela importadora Família Kogan, mais algumas brasileiras. Para comer, se você não estiver a fim dos bons queijos de ovelha da Rima, de Porto Feliz (SP) (R$ 95,00 a tábua com três), dá para pedir um delivery. Às segundas, o esquema muda: paga-se o preço fixo de R$ 130,00 para se servir direto e à vontade das torneiras.

Informações checadas em abril de 2024.