Broca

Resenha por Saulo Yassuda

Montado no agito da Vila Madalena, o Broca é um lugar para comer bem. Inaugurado em maio, o bar-restaurante teve um início um pouco instável na cozinha e no serviço, mas entrou nos eixos durante o ano e se revelou umas das melhores aberturas de 2024. O público, que pode se acomodar no salão de cozinha à mostra e no quintal de chão de caquinhos, tem à disposição opções para partilhar — os limites entre petisco e prato principal se confundem no menu, assim como as fronteiras culinárias, de influências sobretudo asiáticas e latino-americanas. São receitas do proprietário e chef paulistano Cadu Evangelisti, figura presente não apenas em realities culinários da TV, como também em Trancoso, na Bahia, onde toca outro Broca. Vale investir no guioza tostado na chapa, recheado de frango assado e requeijão de milho (R$ 62,00, quatro unidades), servido com chilli oil com infusão de pipoca e picles de milho-doce tostado. Outra especialidade, o espeto de língua bovina (R$ 48,00) é saboroso, ainda que com o uso do sal no limite. Passa pela brasa com salsa anticuchera de pimentas e chimichurri e é servido com salada de batata e maionese com repolho fermentado e conserva de gengibre. Como os pratos são como agradáveis “bombinhas” de sabor, é legal pedir um beberico para dar um sossego às papilas gustativas. Na seção de drinques, nem todos dão certo, mas o tinto de verano (R$ 42,00), de vinho tinto com vermute e água tônica, se mostra uma pedida segura. Cai bem ainda solicitar uma cerveja (a partir de R$ 23,00 as de 600 mililitros). Antes de ir para casa, não dá para ficar sem o bolo quentinho de fubá com creme de milho, sorvete de queijo da Canastra e catupiry mais casquinha de fubá (R$ 38,00).

Informações checadas em janeiro de 2025.