Barkatu

Resenha por Saulo Yassuda

Na quase escondida Rua Carla, no Itaim Bibi, o argentino Julian Rigo inaugurou, em julho, o Barkatu (algo como “desculpar”, em basco). Pequeno e animado, o ponto é o mesmo do extinto Bodega La Barra, que o chef tocou de 2019 a 2021. Agora com novos sócios, ele montou esse bar de tapas detentor de um diferencial: os petiscos ganham influências asiáticas. Quem senta ao balcão pode ver atrás dele a equipe preparar especialidades como o yakiniku (R$ 58,00), carne suína em marinada agridoce, grelhada e fatiada. Vem junto de alface- romana, para que se façam trouxinhas com arroz, cenoura e kimchi (conserva coreana fermentada picante). Também dá uma paradinha na grelha a carvão e lenha o camarão XL (R$ 55,00), macio e quase doce na casca. Vem de guarnição uma salada de fios de mamão verde (na visita, nem tão verde assim), que não trouxe a explosão de temperos das receitas tailandesas na visita realizada, mas ajudou a refrescar. Com inspiração num prato das Ilhas Fiji, na Oceania, o kokoda de atum (R$ 68,00) lembra um ceviche. É feito de cubos do peixe e de manga verde, coentro, pistache e ovas de arenque num molho com vinagre de vinho branco e leite de coco. De sobremesa, a torta de queijo com matchá (R$ 30,00 a fatia) é cremosíssima, mas a retirada precoce do forno deixa um gostinho encruado. A carta possui drinques e vinhos, porém o chamariz é a seleção de saquês, caso do Hokushira Kimoto (R$ 45,00 a taça), do tipo junmai.

Informações checadas em dezembro de 2024.