AK Deli

Resenha por Gabriela Del'Moro

Andrea Kaufmann está de volta. Depois de uma temporada em Portugal, a cozinheira, eleita chef revelação em 2007, reestreia na capital paulista com o AK Deli. O negócio, instalado em um imóvel envidraçado e banhado de luz natural no alto de Pinheiros, bairro onde nasceu, mistura itens de delicatessen nova-iorquinas com celebradas receitas da carreira da chef, caso do varenique (R$ 54,00) de cozimento impecável recheado de batata com cebola em duas formas, caramelada e crocante em rodelas finíssimas no acabamento, e o nhoque de berinjela defumada sobre molho tahine com cubinhos de tomate (R$ 71,00). Antes, o borscht (R$ 38,00), a sopa fria de beterraba com creme de leite fresco e dill refresca, em especial nos dias tórridos. Servida num copinho, é acompanhada de latkes, espécie de bolinho de batata ralada, que poderiam estar mais sequinhos. Apesar das convidativas mesinhas para saborear pratos do extenso menu lá mesmo, é a vitrine refrigerada com itens para levar a protagonista do lugar. Ali, aparecem preparos tradicionais da culinária judaica como a salada de ovo cozido (R$ 19,00, 100 gramas) com quantidade generosa de cebola-roxa, que traz agradável acidez, o lox — o salmão defumado (R$ 49,00, 100 gramas) — e o ótimo escabeche de língua (R$ 18,00, 100 gramas), receita da sogra da chef, com fatias macias da carne ao molho de azeite, ervas e alho. Na seção doce, o philo strudel (R$ 49,00) é uma versão diferente da receita. Em vez das clássicas camadas de massa folhada e da fruta laminada ou picada, entram delicadas folhas de massa filo ao redor de uma maçã inteira assada e coberta, depois, por calda de açúcar ao lado de creme inglês.

Informações checadas em novembro de 2023.