Os coletivos urbanos para visitar na Virada Cultural
Música e arte se misturam nas festas alternativas da cidade. As principais delas estarão no evento no fim de semana
Uma das boas razões para acompanhar a Virada Cultural é ver atrações que normalmente você não visitaria ou por ter de pagar ou porque não conhece e não sabe a roubada que pode ser. Se já conhece, a festa só fica melhor, porque é na rua e no centro da cidade.
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Entre os destaques do evento estão os coletivos urbanos, turmas de artistas e músicos alternativos que promovem festas que misturam arte, performances e, claro, a música. Os lugares escolhidos são uma das características: em sua maioria, ocorre ao ar livre ou em espaços mais abertos, como o Minhocão ou a cobertura de algum prédio no centro de São Paulo. Selecionamos os principais coletivos para cair na dança, confira:
Calefação Tropicaos, no Largo do Café, às 8h (no domingo, 18)
A festa itinerante underground é carregada de referências musicais brasileiras e latinas mais desconhecidas – ou esquecidas? – pelo público. Na Virada, o grupo se une a outro coletivo, a Derrame, da Paraíba. No início do ano, os dois se apresentaram juntos, em João Pessoa, e, agora, repetem a festança por aqui. O line-up tem os residentes do Calefação, como Pita Uchôa e Abud e, por parte dos paraibanos, Naza, Thiago Trapo e Cassiano, que faz pinturas ao vivo (live painting) e lambe-lambe.
Capslock, no Largo do Café, às 18h (no sábado, 17)
Na mesma linha alternativa, Capslock é um dos coletivos que atrai mais público. A trilha sonora é eletrônica, com house e experimentalismos de Paulo Tessuto, o criador da folia.
Matilha Cultural, na Rua dos Triunfos com a Rua dos Gusmões, às 18h (no sábado, 17)
O coletivo de artistas, músicos e gente de outras profissões se tornou um centro cultural no centro de São Paulo. Durante a madrugada, os DJs lançam sets de hip hop, dub, reggae e música latina. São doze horas de música com DJ King, MZK, BiD, Dad Yute (com DJ Gutah), Funk Buia ao lado de SOMBRA e Zulu Soualjah.
Metanol, na Ria Vitoria com a Rua dos Protestantes, às 18h (no sábado, 17)
Os integrantes participam intensamente nos dois dias de Virada Cultural. Akin, MJP, Soul One, Verk e o seletor visual U-RSO organizaram o grupo há cinco anos com o objetivo de disseminar a nova música eletrônica. No evento do fim de semana, eles estarão em dois lugares: na Santa Ifigênia ficam os curadores do palco dedicado a future beats e à música eletrônica experimental, com doze horas de programação, a partir de sábado, às 18h. No dia seguinte, às 14 horas, eles levam o som para a Red Bull Station, com a festa Showcase, ao lado do selo Beatwise Recordings.
Pilantragi, na Rua XV de Novembro, às 8h (no domingo, 18)
A festa foi criada por Rodrigo Bento para homenagear a música Nem Vem que Não Tem, de Wilson Simonal. A folia é regada de música brasileira, de Daniela Mercury a Tropicália. Para a Virada, os DJs dedicam o som a Jair Rodrigues, morto no último dia 8. O pickup tem o anfitrião, Ricardo Venturini, Ian Nunes e Lia Macedo.
Venga Venga, na Rua Direita com a Praça da Sé, às 8h (no domingo, 18)
A seleção de músicas do duo e Denny & Don, criadores do coletivo, não é nada convencional. São misturas que consideram ciganismos: música dos Balcãs, asiática, francesa, indígena, espanhola e até Tropicália. É a segunda apresentação da folia na Virada. E com convidados: os DJs SoniÁbreu, a primeira DJ mulher de São Paulo, Rica Amaral, Lita Almeida e Kid.
Voodoohop, na Rua dos Gusmões com a Rua dos Protestantes, à meia-noite (de sábado, 17, para domingo, 18)
Precursora do movimento de coletivos que saem de um espaço físico para ocupar as ruas, a Voodoohop foi criada pelo alemão Thomas Haferlach e já arrastou milhares de pessoas para pontos pouco comuns da cidade, como uma folia no meio da tarde do domingo no Minhocão. Os pickups predominam também a música eletrônica com elementos inusitados, como samba-canção.