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OLÁ,

Avaliamos os aparelhos de áudio e videoguias do MAM e da Pinacoteca

A qualidade do audioguia em iPod nano para pessoas com deficiência visual surpreende na Pinacoteca. No MAM, o serviço ainda deixa a desejar

Por Livia Deodato
Atualizado em 5 dez 2016, 16h21 - Publicado em 31 jan 2013, 19h39

Os aparelhos de áudio e videoguias, que agora são disponibilizados para visitantes com deficiência no MAM e na Pinacoteca, foram testados essa semana pela reportagem de VEJASAOPAULO.COM.

Na Pinacoteca, há três tipos de aparelhos disponíveis: um videoguia para pessoas com deficiência auditiva e dois tipos de audioguias, um para deficientes visuais e outro para pessoas que não possuem deficiência, mas desejam mais informações sobre as obras e o contexto ao qual estão inseridas.

O videoguia, gratuito, apresenta as principais obras do acervo em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e com legendas (para aqueles que têm deficiência auditiva, mas não aprenderam Libras). Atualmente, há quatro aparelhos disponíveis no museu.

A educadora que aparece na tela (Sabrina Denise Ribeiro, formada em Artes e também com deficiência auditiva) instiga quem assiste a sua explicação sobre as obras selecionadas. Sobre a tela América, de autor desconhecido, por exemplo, ela pergunta, ao final de sua apresentação em Libras: “Qual é a diferença entre os índios brasileiros originais e os representados no quadro?”

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Já o audioguia para pessoas com deficiência visual (oito aparelhos no total) impressiona pela qualidade do trabalho realizado: a primeira faixa, por exemplo, é só para explicar o que é e como funciona o iPod nano. As próximas faixas são todas dedicadas à descrição do espaço: com uma música clássica ao fundo, dois narradores sugerem o número de passos que devem ser dados até a chegada da primeira obra do acervo da Galeria Tátil (que pode ser tocada por pessoas com deficiência visual).

Não é necessário pausar o iPod para apreciar a obra com a ponta dos dedos: os próprios narradores sugerem o tempo para o toque e o entendimento do trabalho, mais uma vez, sob uma bela trilha de música clássica.

Os trinta audioguias disponíveis para interessados em saber mais sobre as obras do acervo vêm em três opções de língua: português, espanhol e inglês. Além de alguma  explicação extra sobre os trabalhos expostos, há informações sobre a época da construção do belo edifício da Pinacoteca, fundado em 1905.

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Infelizmente, no MAM, os áudios e videoguias não funcionam tão bem. As obras descritas nos doze audioguias não têm uma sequência lógica: leva-se um tempo até conseguir localizá-las no espaço, já que não há indicação ao lado das obras de que elas dipõem de informação extra via áudio ou videoguia (não há qualquer sinal de números que pudessem ser relacionados, entre o que é ouvido e o que é visto).

Os dois videoguias do museu localizado no Ibirapuera, por sua vez, só apresentam descrições em Libras. A localização das obras por ali fica mais fácil, no entanto, uma vez que a apresentação é por meio de faixas nomeadas com os nomes dos artistas. Em breve, o museu deve contar com iPads utilizando o mesmo recurso.

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