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OLÁ,

Rotina faz bem, com Franklin Lopes

O antropólogo visual investiga nossa relação com a nossa casa como um ambiente onde a rotina e a monotonia precisam ter espaço

Por Helena Galante Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
18 jul 2022, 00h10
Jornada da Calma Episódio #162: rotina faz bem, com Franklin Lopes
Jornada da Calma Episódio #162: rotina faz bem, com Franklin Lopes (Vejinha/Veja SP)
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Monotonia. Só de ouvir essa palavra, você já torce o nariz?  Pois no episódio #162 do podcast Jornada da Calma, Helena Galante conversa com o antropólogo visual Franklin Lopes justamente sobre o papel que a repetição e os ritmos constantes exercem na nossa vida. “A gente culturalmente começou a entender a monotonia e a rotina como algo ruim”, conta o pesquisador que se dedica a estudar a casa e as formas de morar que adotamos. “Ao oferecer rotina, a casa também oferece estabilidade, processo, rito. Vejo a rotina como rituais cotidianos, e objetivo dos rituais está sempre em evocar. O que eu evoco quando estou na cozinha, no banheiro?”

O professor e escritor fala ainda sobre como a reaproximação com a rotina (e com a bagunça) da casa pode ajudar a trazer mais estabilidade interna. “Se a gente entende a casa como esse lugar de retiro, de silêncio, e se conecta com a rotina, a gente ganha mais espaço reflexivo, onde  a gente pode ser incoerente, mudar de ideia, se mostrar frágil, o que as redes sociais não permitem. Se a gente entende a casa como nosso templo, a gente reza todos os dias.”

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