Para celebrar o Dia do Rock, comemorado no dia 13 de julho, lembramos das bandas mais importantes a empunhar guitarras na capital
Por Luan Flavio Freires
Atualizado em 5 dez 2016, 14h17 - Publicado em 13 jul 2014, 12h52
1/18 Ela abandonou a carreira aos vinte anos, mas foi o suficiente para se tornar nada menos que a precursora do rock no Brasil. Em 1959, Celly Campello estourou com Estúpido Cupido, versão de Stupid Cupid, na época um hit na voz de Connie Francis. Três anos mais tarde, ela se aposentou por causa do casamento com o contador Eduardo Gomes Chacon. Morreu de câncer em 2003, aos 61 anos. (J. Ferreira da Silva)
2/18 Resposta tropical aos Beatles, os Mutantes são admirados e respeitados não só no Brasil, mas por críticos e artistas estrangeiros. Kurt Cobain, do Nirvana, era fã declarado e Sean Lennon, filho de John e Yoko Ono, tocou com a mente criativa por trás do grupo, Arnaldo Baptista, em 2000. Hoje, só resta Sérgio Dias da formação original (que além de Arnaldo, tinha Rita Lee como vocalista). (Jean Solari/Divulgação)
3/18 Extravagantes e iconoclastas, Ney Matogrosso, João Ricardo e Gérson Conrad ousaram em plena vigência do regime militar nos anos 70. A trajetória da formação clássica foi curta – não mais que dois anos -, o bastante para lançar Secos & Molhados (1973) e Secos & Molhados II (1974), presenças obrigatórias em qualquer lista de melhores discos daquele período. (Lucio Marreiro)
4/18 Grande injustiçada do rock brasileiro, a banda Gang 90 e as Absurdettes foi fundamental na cena da new wave brasileira que dominou o nosso rock na década de 1980. Júlio Barroso, compositor de talento que fundou a banda, morreu tragicamente em 1984 ao cair da janela de seu apartamento, um ano depois do lançamento do estupendo Essa Tal de Gang 90 e as Absurdettes. (Sérgio Berezovsky)
5/18 Talvez a banda mais bem sucedida da fértil década de 1980, os Titãs se beneficiaram das diversas influências de seus numerosos integrantes. Cabia de tudo: punk, reggae, ska, MPB... Ao longo dos anos, Arnaldo Antunes, Nando Reis, Paulo Miklos e Charles Gavin deixaram o grupo para seguir carreiras-solo e tocar projetos pessoais. Marcelo Fromer, guitarrista, morreu ao ser atropelado por uma moto em 2001. Neste ano, eles lançaram o elogiado Nheengatu, considerado um retorno às origens sonoras do grupo e às letras politizadas. (Luizinho Coruja)
6/18 Hoje banda de apoio do late show The Noite com Danilo Gentili, do SBT, o Ultraje a Rigor já foi grande e relevante. Nós Vamos Invadir Sua Praia (1985) tem músicas que fazem parte do inconsciente coletivo até hoje: a faixa-título, Mim Quer Tocar, Ciúme, Inútil, Marylou e Eu Me Amo. O conjunto está há doze anos sem um disco de inéditas. (Luizinho Coruja)
7/18 Não havia páreo para Guilherme Arantes nos anos 1980. Seus discos vendiam aos milhares e suas músicas eram trilhas de novelas, enfileirando sucessos como Deixa Chover, Cheia de Charme e Planeta Água em ritmo industrial. Depois de um período de ostracismo, ele foi alçado ao status de cult no último ano com o lançamento de Condição Humana. A crítica logo abraçou o álbum, enquanto nomes da nova safra musical brasileira declararam admirar o artista e até participaram do disco. Foi o caso de Tulipa Ruiz, Kassin, Adriano Cintra, Curumin e outros. (Pedro Matallo)
8/18 O movimento punk se espalhou por São Paulo no início dos anos 1980 com bandas como Olho Seco, Cólera e Inocentes. Da vertente do hardcore, os mais conhecidos são os Ratos de Porão, cujo vocalista, João Gordo, se tornou apresentador de TV. (Jozzu)
9/18 A banda foi formada por Edgard Scandurra e Nasi em 1981, também influenciados pelo punk. Juntos compuseram clássicos do gênero, como Envelheço na Cidade, Dias de Luta, Tarde Vazia e Núcleo Base. Em 2007, a banda se desfez por divergências entre os dois, briga que se tornou pública e parecia incontornável. Não era. Ano passado eles colocaram as diferenças de lado e voltaram a se apresentar juntos – para a alegria dos fãs. (Gabriel Wickbold)
10/18 Sombrias e minimalistas, as Mercenárias são exemplo do ótimo pós-punk que se fez por aqui na década de 1980 e tão bem se encaixou a cidade. Pegando referências de bandas como Siouxsie and The Banshees e The Slits, o quarteto lançou o excelente Trashland, produzido por Edgard Scandurra, em 1988. Pouco depois, a gravadora EMI encerrou o contrato com a banda e o grupo se separou, tendo se reunido com outra formação recentemente. (Rui Mendes)
11/18 Formada em Santos, a banda cativou milhares de fãs adolescentes que logo se identificaram com a atitude “rebelde” e o skate-punk com influências do hip hop feito pelo Charlie Brown Jr. O conjunto acabou de forma trágica, quando o vocalista e compositor Chorão foi encontrado morto em seu apartamento depois de uma overdose de cocaína no ano passado. Os integrates restantes até tentaram continuar juntos, agora com o nome A Banca, mas, meses depois, o virtuoso baixista Champignon cometeu suicídio. (Felipe Aguilar)
12/18 Assim como o Charlie Brown Jr., os Mamonas Assassinas foram uma aposta certeira do produtor Rick Bonadio. Divertidíssimo e versátil, o conjunto liderado por Dinho lançou apenas um trabalho, homônimo (1995), antes de acabar depois que o avião no qual os cinco integrantes viajavam se chocou contra a Serra da Cantareira em 1996. (Eugênio Savio)
13/18 Suavizando referências que vinham do Bad Religion e de contemporâneos como o Green Day, o CPM 22 gravou um álbum independente em 2000, A Alguns Quilômetros de Nenhum Lugar, e logo foi convidado para integrar o selo de Rick Bonadio. As letras românticas misturadas ao hardcore melódico foram a fórmula do sucesso de Chegou a Hora de Recomeçar (2002) e dos álbuns seguintes. A banda permanece unida, ainda que a popularidade tenha arrefecido há tempos. (Fabio Motta)
14/18 Cantando em inglês e antenada com o que se passava lá fora, principalmente com a breve cena new rave inglesa, a banda Cansei de Ser Sexy (mais tarde apenas CSS) se tornou um nome conhecido internacionalmente, se apresentando em programas de TV estrangeiros e tocando em grandes festivais. Em 2011, Adriano Cintra, principal compositor do conjunto, deixou a banda, que ainda sobrevive. O último disco, Planta, foi lançado no ano passado. (Otavio Dias de Oliveira)
15/18 Condensando rock, soul, funk e uma pitada de jovem guarda, o Garotas Suecas é uma das boas bandas a surgir por aqui na última décadas. Feras Míticas, trabalho que foi lançado no último ano, expandiu o leque de influências e contou com vocais de todos integrantes – mudança que se mostraria providencial para a sobrevivência da banda depois da saída do principal vocalista Guilherme Saldanha. (Manoela Miklos)
16/18 Declaradamente influenciados pelo rock brasileiro da década de 1980, os integrantes do Vespas Mandarinas unem riffs pegajosos a letras espertas e em português, mostrando que o idioma combina, sim, com as guitarras. O disco Animal Nacional (2013) deu novo fôlego ao gênero na capital. (Divulgação)
17/18 Para eles, ser moderno e também ser retrô. Apegado às sonoridades dos anos 1960,o trio faz uma música funkeada e cheia de groove, que lembra o que era produzido por outros power trios como Jimi Hendrix Experience e Cream. Até o nome do bom disco de estreia, 66 (2012), faz referência à década favorita de Tim Bernardes (voz e guitarra), Guilherme D’Almeida (baixo) e Victor Chaves (bateria). (Gal Oppido)
18/18 Os irmãos André e Murilo Faria tomaram o nome do tio, Aldo, para batizar a dupla de rock-eletrônico. É uma homenagem ao homem que os levava em suas andanças nos anos 80 e 90, quando os dois eram adolescentes, e lhes contava as histórias mais mirabolantes, as quais deram origem às letras do disco de estreia, Is Love (2013). O som é um eletrônico sujo recheado de guitarras que resulta em canções viciantes. (Divulgação)
Se São Paulo é o túmulo do samba, como já dizia com pouca precisão Vinicius de Moraes, certamente não o é quando o assunto é rock. Por aqui já surgiram bandas das mais diversas orientações e vertentes, seja ela punk, hardcore, eletrônica ou tudo isso ao mesmo tempo.
Neste domingo (13), é celebrado o Dia do Rock e, para comemorar, relembramos alguns dos conjuntos mais importantes que surgiram na cidade: dos acordes e versos inocentes da precoce Celly Campello nos anos 50 até as experimentações eletrônicas do duo Aldo.
No meio do caminho, há espaço para o pioneirismo do Secos e Molhados e a fértil cena dos anos 80, que teve bandas tão diferentes entre si como o Ratos de Porão e o Gang 90 e As Absurdettes.
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