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Após indicação ao Grammy Latino, Rachel Reis prepara segundo álbum

Cantora, que se apresentou no último sábado (4) na Casa Natura Brasil, concorre com o álbum de estreia, ‘Meu Esquema’

Por Luana Machado
Atualizado em 6 nov 2023, 17h08 - Publicado em 6 nov 2023, 16h17
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  • Com 26 anos de idade e pouco mais de três anos de carreira, a baiana Rachel Reis recebeu com surpresa sua indicação ao Grammy Latino no dia 19 de setembro. “Meu produtor estava me contando das indicações e eu falei para ele ‘não foi dessa vez’. Eu estava em viagem, desliguei meu celular e coloquei meu fonezinho. Dois minutos depois ele me ligou chorando”, relembra. A cantora foi indicada com seu álbum de estreia Meu Esquema (2022) na categoria Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa ao lado de veteranos como Lô Borges, Tulipa Ruiz, Planet Hemp e Titãs.

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    No último sábado (4), subiu no palco da Casa Natura Brasil, em Pinheiros, com o duo ÁVUÁ, formado por Bruna Black e Jota.pê. Na ocasião, Rachel animou o público com o hit Lovezinho (2022). “Eu adoro os fãs de São Paulo, é um público que me recebe muito bem. A forma como as pessoas me tratam aqui, quando eu vou fazer um show a casa está lotada, eu acho muito lindo”, confessa. 

    Nascida em Feira de Santana, a aproximadamente 115 quilômetros da capital baiana, Rachel teve contato com a música desde a infância com a sua mãe, a cantora de seresta Maura Reis. A artista começou em 2016 a cantar em casamentos, casas noturnas e bares, até que em 2018 cansou da desvalorização dos cantores noturnos e de performar covers. Depois chegou a ter diversos empregos, como recepcionista em posto de saúde, atendente de telemarketing e de brechós: “Eu era o Julius (personagem da série Todo Mundo Odeia o Chris), mas lá em 2019 eu comecei a tentar entender o universo da música autoral”.

    Em um lance de coragem, a baiana de Feira juntou dinheiro e foi para Recife atrás do sonho de gravar suas músicas. Em 2020, saíram os singles Ventilador e Sossego, parcerias com o cantor pernambucano Barro. Depois disso não parou mais e, em 2021, junto com os conterrâneos Bruno Zambelli, o Zamba, e Cuper lançaram o projeto Encosta e o single Maresia, que se tornou uma de suas músicas mais tocadas. “Minha ideia desde o princípio era fazer um álbum próprio e fui mexendo os pauzinhos para entender como botar esse projeto para funcionar”, conta Rachel. E funcionou: um ano depois nascia Meu Esquema, com doze faixas, um repertório autoral produzido com os antigos parceiros Zamba, Barro e Cuper, além de uma parceria com a carioca Céu na faixa Brasa

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    O álbum logo chamou a atenção pela sua sonoridade única, com influências do pagodão baiano a MPB. “Na música é sempre uma coisa das tribos, isso é do rock, aquilo é MPB, mas eu não tinha isso, era sempre uma misturinha. Meu Esquema nunca foi uma vontade que tal música soasse X ou Y. Sempre foi feito e jogado no mundo, as pessoas que acabam dizendo que é mistura de ritmos, mas para mim sempre foi algo natural”, explica. 

    Ganhadora do Prêmio Artista Revelação deste ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), Rachel alcança as casas dos brasileiros no horário das 19h da Rede Globo, com Maresia, música tema da novela Fuzuê. Recentemente, também emplacou Caju (2023), escrita especialmente para a série Cangaço Novo (Amazon Prime).

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    Em meio a isso, segue na produção do seu próximo disco, no qual trabalha nas composições e no projeto audiovisual, e com uma agenda movimentada de shows. 

    Com tantas conquistas, Rachel espera coroar o ano com a famosa estatueta de gramofone no Grammy Latino, que acontece no próximo dia 16. “Eu não estava esperando essa indicação não, mas agora eu tô muito querendo ganhar (risos). Eu sei que a indicação é perfeita porque veio no momento que o álbum estava para completar um ano”. A cantora ainda comemorou a indicação dos baianos Carlinhos Brown e Àttooxxá, indicados pela música Da Favela pro Asfalto (2023) e Xênia França, com o álbum Em Nome da Estrela (2022). “A gente vem de um lugar de subcategoria: artista, baiano e preto. Estamos trazendo os olhares para cá e fazendo parte disso. E essa geração da música baiana vem fazendo isso de uma forma muito feliz, com muita beleza”. 

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