O público pode dar uma minivolta ao mundo em dezessete obras do arquiteto e urbanista franco-suíço Charles-Edouard Jeanneret-Gris (1887- 1965), o Le Corbusier. Em tecidos dispostos em cavaletes no Museu da Casa Brasileira, no Jardim Paulistano, foram impressas fotografias de casas, prédios, templos religiosos e museus pensados pelo profissional, um dos mais importantes de sua área no século XX, espalhados por sete países.
A mostra, que entra em cartaz nesta sexta (22), traz apenas criações que foram declaradas em 2016 Patrimônio da Humanidade pela Unesco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. O reconhecimento só atesta a relevância de Le Corbusier para a arquitetura do século passado.
Podem ser vistas obras como a Capela Notre-Dame, um de seus trabalhos mais significativos, que fica em Ronchamp, na França, e foi projetada em 1950 para substituir uma igreja anteriormente destruída durante a II Guerra Mundial.
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Também são exibidas imagens da Casa Consultório Dr. Curutchet (1949), em La Plata, Argentina, e a Casa Orla Lago Léman (1923), localizada em Corseaux, na Suíça. Da Índia, se vê o Complexo Governamental em Chandigarh, desenvolvido em 1952 como símbolo de um novo país, próspero e independente. Le Corbusier — A Arquitetura Moderna Declarada Patrimônio da Humanidade foi projetada pela Embaixada da Suíça no Brasil e pelo Consulado-Geral da Suíça em São Paulo juntamente com a Fundação Le Corbusier e a Unesco.
“Eu falo de Brasília, onde moro, e aqui a identidade de Le Corbusier e do desenvolvimento de algumas de suas ideias faz parte da genética da arquitetura local. No Rio, em São Paulo também”, observa Pietro Lazzeri, embaixador da Suíça no Brasil. “Ele é uma base fundamental para o desenvolvimento da arquitetura contemporânea.”
Museu da Casa Brasileira. Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2705, Jardim Paulistano, ☎ 3026-3900. Ter. a dom., 10h/18h (sex. até 22h). R$ 20,00 (grátis às sextas). Até 25/9. mcb.org.br