Em mais de 46 000 metros quadrados, um novo prédio próximo à Avenida Paulista promete reunir empresas, hóspedes e frequentadores com escritórios espalhados pelos 21 andares e lojas e restaurantes instalados no térreo. Batizado de Passeio Paulista, o espaço, ainda em construção, terá lajes de 2 000 a 3 800 metros quadrados para acomodar as marcas interessadas em se mudar para a região e nove lofts residenciais disponíveis para locação. O projeto arquitetônico é assinado pelo escritório aflalo/gasperini.
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“É uma opção na Paulista que não está propriamente na avenida, mas já tem atraído empresas novas de tecnologia, fintech e unicórnios”, resume Roberto Perroni, CEO da Brookfield Property Group, que participa dos negócios. Com entrada pela Rua da Consolação, na altura do número 1601, o empreendimento “triple A” (de luxo) será servido por vinte restaurantes, lojas e serviços no térreo, feito com corredores largos e áreas comuns abertas para funcionários e pedestres.
“Queremos estar conectados com a cidade e não teremos muros, o que ajuda na segurança da cidade também, pois as pessoas se enxergam e sabem de tudo o que está acontecendo”, defende Fernando Kenworthy, presidente da Fibra Experts, responsável pela novidade. “Nossa referência não deixa de ser o Conjunto Nacional, com estabelecimentos para todos os bolsos, restaurantes com diversas culinárias e um piso que quase se mescla com o da calçada na entrada.”
As obras começaram em 2020, mas o projeto nasceu em 2014, com a compra do primeiro terreno — são quatro no total. O local também terá entrada pela Rua Bela Cintra e a proposta multifuncional inclui o plano de organizar eventos de arte. O empresário faz mistério sobre o valor total do investimento, mas afirma que espera atrair parte das marcas que largaram a Faria Lima na pandemia ou têm trabalhado hoje em sistema híbrido.
“Queremos conceber um novo destino na cidade levando em conta o que as pessoas querem hoje”, acredita Fernando. “O pé-direito alto e as lajes amplas são algo que as corporações procuram hoje e algo que não existe em abundância na região”, completa Roberto. “A mesma coisa com o mall no térreo: antigamente as empresas evitavam ter restaurante porque achavam que misturava tudo e hoje querem ambientes com vida e variedade.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 3 de agosto de 2022, edição nº 2800