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Cia. Os Satyros completa 25 anos de atividade em 2014

Trupe é conhecida por suas montagens ousadas

Por Maurício Xavier [com reportagem de Ricardo Rossetto]
Atualizado em 5 dez 2016, 15h13 - Publicado em 27 fev 2014, 16h45
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  • A Cia. Os Satyros deixou claro desde a sua estreia, em 1989, que seria difícil ficar indiferente à produção da trupe. “Queríamos que o espectador amasse ou odiasse o trabalho”, lembra o paranaense Ivam Cabral, que fundou o grupo ao lado do paulistano Rodolfo García Vásquez. A primeira montagem, Sades ou Noites com os Professores Imorais, baseada na obra do polêmico Marquês de Sade, teve nudez do elenco e cenas escatológicas. Logo a crítica e o público se dividiram na discussão sobre se aquilo era arte ou pornografia. A peça ficou um ano em cartaz e recebeu seis indicações ao prêmio da Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo (Apetesp).

    + Confira o roteiro completo de teatro

     

    Ao longo de seus 25 anos de atividade, a companhia passou a ser reconhecida como uma das mais criativas e ousadas do país. De sua base original, um teatro decadente na Bela Vista, o grupo teve depois incursões pela Europa, onde figurou em festivais de países como Portugal e Espanha, e por Curitiba, no Paraná, antes de retornar a São Paulo. Em 2000, os Satyros se instalaram na então abandonada Praça Roosevelt, contribuindo para o movimento posterior de revitalização cultural do lugar. Ali foram encenadas seus espetáculos mais importantes, como “De Profundis”, “Transex” e “Justine”. Ao renovar o fôlego das produções teatrais, os Satyros mostram para as diversas companhias de teatro que o importante é ser autêntico e resistir às dificuldades. “Aposte na sua proposta, porque o sucesso é relativo”, resume Cabral. 

     

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