Em 2014, o publicitário Guto Carvalho realizava uma excursão noturna em uma floresta do Espírito Santo com membros do vempassarinhar, um grupo paulistano de observação de aves, para captar imagens de corujas. Ao ligar o alto-falante com o som específico para atrair o animal, disponível em seu catálogo digital de áudios, errou e clicou em um usado para incitar onças-pintadas. “Pouco depois, fui cercado por vários felinos e tive de sair correndo”, diverte-se, lembrando o episódio.
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Essa é uma das aventuras já protagonizadas pelo organizador do Avistar — Encontro Brasileiro de Observação de Aves —, cuja 11ª edição ocorre até este domingo (22) no parque do Instituto Butantan. São esperados mais de 1 300 participantes, entre profissionais da biologia e adeptos amadores.
O evento terá diversas atrações, como palestras, exposições e exibição de filmes, a exemplo de O Grande Ano, de David Frankel, que trata do tema. Também estão previstas ações para crianças, como a construção de uma casa de ninho-de-barro.
Munidos de binóculo, câmera fotográfica e microfone, os observadores de aves embrenham-se em matas para fotografar e gravar áudios dos plumados. Apesar de ser uma cidade extremamente urbanizada, São Paulo é um bom local para a atividade.
Por aqui, já foram catalogadas mais de 460 espécies, cujas fichas e informações estão disponíveis no portal Wikiaves, uma espécie de enciclopédia do assunto. Cerca de 80% desses animais foram encontrados pela equipe do Avistar (confira nesse post alguns dos tipos mais comuns na capital).
Eles podem ser admirados em parques como o da Serra da Cantareira, o Ecológico do Tietê, o Jardim Botânico e o Nove de Julho, na Represa de Guarapiranga.
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