Nosferatu (1922), um dos clássicos do terror e do expressionismo alemão, dirigido por F. W. Murnau encerrará a 36ª edição da Mostra Internacional de Cinema. Gratuita, a exibição acontece no lado de fora do Auditório Ibirapuera, na sexta-feira (2), a partir das 20h.
A cópia a ser apresentada é resultado de uma restauração realizada entre 2005 e 2006 a partir de um único negativo original da Cinemateca Francesa e contou com processo que eliminou riscos e arranhões, balanceamento de luz, entre outros cuidados.
A projeção será acompanhada por uma nova trilha sonora criada pelo compositor e maestro Pierre Oser que será executada pela Orquestra Petrobras Sinfônica e o Coro Projeto X. Especializado em novas partituras para obras do cinema mudo, Oser já compôs para títulos como Aurora (1927), também de Murnau e A Morte Cansada (1921) de Fritz Lang.
SOBRE O FILME
Nosferatu é a primeira adaptação da clássica história do Conde Drácula publicada por Bram Stoker em 1897. A ideia original de Murnau era filmar o romance com fidelidade, porém os direitos autorais foram negados pela viúva do escritor. O realizador, então, ignorou a proibição e deu continuidade ao projeto, modificando os nomes e lugares que constavam da obra de Stoker. O roteiro mescla ficção e realidade ao acrescentar à história um surto de peste que realmente assolou a cidade alemã de Wisborg, no começo do século XIX. O longa ganhou uma refilmagem em 1979, dirigida por Werner Herzog.