Na última terça (7), um novo encontro entre a prefeitura de São Paulo e os organizadores dos Jogos Olímpicos de 2016 definiu o valor a ser investido para fazer ajustes na Arena Corinthians: 13 milhões de reais. O valor foi divulgado após análise de arquitetos e especialistas ligados à administração pública.
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Segundo o secretário de Esportes de São Paulo, Celso Jatene, a verba calculada para pagar as adaptações no estádio, o chamado custo de overlay, deve vir de possíveis patrocinadores e é necessária para que o campo alvinegro receba dez jogos em sete datas diferentes durante o torneio.
“Pela primeira vez, desde o início da negociação com a capital, pude ver a possibilidade de trazer os jogos para cá sem que seja preciso gastar dinheiro”, diz Jatene depois de entrar em contato nesta quarta (8) com diversos apoiadores dos Jogos Olímpicos.
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Segundo o secretário, a quantia deve bancar instalações nas áreas internas, mudanças nos camarotes, salas especiais para convidados, infraestrutura de imprensa, entre outras alterações necessárias para receber eventos internacionais. Tudo isso sem mexer nos cofres de sua pasta.
Caso encontre investidores, a cidade deve pleitear ainda as semifinais da categoria masculina e a final do feminino. “No caso contrário, São Paulo ainda corre o risco de ficar de fora da Olimpíada”, afirma. No entanto outras despesas para a cidade, como a acomodação dos atletas, também fogem do orçamento da prefeitura e devem entrar nos custos do Comitê Olímpico Brasileiro.
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Diferentemente do que ocorreu na Copa do Mundo em 2014, quando o Corinthians bancou os 90 milhões de reais em estruturas temporárias, o clube não pretende desembolsar nenhum valor para os Jogos. O clube apenas concordou em ceder o espaço para a realização das partidas.
Um novo encontro entre a prefeitura e os órgãos ligados ao evento está marcado para a próxima terça (21). Antes, estão previstas novas avaliações na estrutura do Itaquerão para tentar diminuir o valor previsto para o investimento.
A venda de ingressos para as dez partidas previstas para a arena permanece suspensa. Caso a comercialização de entradas seja prejudicada pelo entrave da negociação com o Itaquerão, o Comitê Rio-2016 pode tirar São Paulo dos Jogos.
Outras seis sedes já estão definidas: Maracanã e Engenhão, no Rio, Fonte Nova, em Salvador, Arena da Amazônia, em Manaus, e Mineirão, em Belo Horizonte.