Mostra Aberto realiza 1ª edição fora do país, em projeto de Le Corbusier, em Paris

Criada em São Paulo, a bem-sucedida exposição, que ocupa casas icônicas, segue seu plano de itinerância

Por Mattheus Goto
19 mar 2025, 08h00
Cômodo da Maison La Roche, que vai receber a ABERTO
Cômodo da Maison La Roche, que vai receber a ABERTO (Mauro Restiffe/Divulgação)
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Com um formato inovador e público crescente, a Aberto, que busca casas icônicas para abrigar exposições, consolidou-se como um dos principais eventos de arte e arquitetura da capital paulista. Agora, a mostra segue seu plano de itinerância e explora novos territórios. Pela primeira vez fora do Brasil, vai ocupar a Maison La Roche, em Paris, de 12 de maio a 8 de junho.

O espaço de 300 metros quadrados, projetado pelo arquiteto franco-suíço Le Corbusier (1887-1965) e considerado patrimônio mundial pela Unesco, reunirá cerca de quarenta obras de 35 artistas. Entre eles, Beatriz Milhazes, Luiz Zerbini, Anna Maria Maiolino, além de ícones como Maria Martins, Hélio Oiticica, Lygia Clark, Mira Schendel e o próprio Le Corbusier.

Obra 'Holiday' (2025), de Luiz Zerbini
Obra ‘Holiday’ (2025), de Luiz Zerbini (Pat Kilgore/Divulgação)

“Desde o começo, a ideia era fazer uma exposição itinerante”, conta o fundador, Filipe Assis, 37. “Não só pelas casas, mas por países, para abrir intercâmbios artísticos.”

Desde a primeira edição, em 2022, a Aberto passou por construções de Oscar Niemeyer, Vilanova Artigas, a Casa Ateliê de Tomie Ohtake, projetada por seu filho, Ruy Ohtake, e a Residência de Chu Ming Silveira. “Foi importante para ganhar reconhecimento e nome, para ir mais sólido para fora.”

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Enquanto decidia o novo ponto de parada, Assis conheceu a Maison em uma visita a Paris, “um projeto arquitetônico pioneiro”, diz ele. A curadoria foi pensada para que as pinturas e esculturas, em parte criadas especialmente para a mostra, dialogassem com o espaço.

“O Corbusier tinha muitos laços com o Brasil” — o grande arquiteto assinou projetos em colaboração com Niemeyer (sede da ONU) e Lucio Costa (Maison du Brésil em Paris), por exemplo.

Para frente, a ideia é dar continuidade às edições internacionais em frequência bienal. O público paulistano, contudo, pode comemorar. Em paralelo, a Aberto continuará acontecendo anualmente na cidade onde nasceu.

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Publicado em VEJA São Paulo de 7 de março de 2025, edição nº 2934

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