Morre sambista Arlindo Cruz, no Rio, aos 66 anos
Músico morreu no hospital Barra D'Or, na Zona Oeste do Rio; desde 2017 ele sofria consequências de um AVC

Morreu nesta sexta-feira (8) o sambista Arlindo Cruz, aos 66 anos. Desde 2017, o músico enfrentava limitações causadas por um AVC isquêmico, como dificuldades na locomoção e na fala. Ele morreu no hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Vida e carreira
Arlindo Domingos da Cruz Filho, nasceu em 14 de setembro de 1958, em Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro. Ícone do samba e do pagode, iniciou o contato com a música ainda criança, quando ganhou um cavaquinho do pai.
Com talento precoce, passou a frequentar as rodas do Cacique de Ramos, onde se destacou e ajudou a formar o grupo Fundo de Quintal, do qual fez parte até 1993.
Compositor, assinou sucessos como “O Show Tem Que Continuar” e “Meu Lugar”, gravados por grandes nomes do gênero. Após deixar o Fundo de Quintal, seguiu carreira solo, lançou projetos marcantes e consolidou parcerias, como a de longa data com Sombrinha, que rendeu álbuns de destaque. Seu DVD MTV “Ao Vivo: Arlindo Cruz”, de 2009, vendeu mais de cem mil cópias.
O artista também foi indicado cinco vezes ao Grammy Latino e recebeu prêmios importantes, como o Prêmio da Música Brasileira e o Estandarte de Ouro, reafirmando sua relevância no cenário musical.
A carreira foi interrompida em março de 2017, quando Arlindo sofreu o AVC. Desde então, passou por longos períodos de internação e reabilitação.
Nos últimos meses, seu estado de saúde voltou a preocupar. Internado desde março deste ano, o sambista enfrentou pneumonia, infecção por bactéria resistente e uma parada cardíaca de 15 minutos. Apesar do quadro delicado, permanece vivo, consciente e sob cuidados constantes da família.
Esposa e filha têm desmentido boatos sobre a morte do artista, pedindo respeito neste momento difícil. Aos 66 anos, Arlindo Cruz segue sendo referência para o samba brasileiro, com um legado que atravessa gerações.