Morreu nesta quinta-feira (17), em São Paulo, aos 85 anos, o empresário Henry Maksoud, fundador do hotel Maksoud Plaza. No registro das causas da morte, estão insuficiência coronária e parada cardíaca.
No ano passado, ele havia iniciado a luta contra uma pneumonia. Segundo amigos próximos, tinha melhorado recentemente, apesar de continuar em repouso.
O velório começa hoje (17), às 23h, no Cemitério do Morumbi. O enterro será no mesmo local nesta sexta (18), às 9h.
Ele deixa a mulher, Georgina, com quem estava casado desde 2011. Tinha dois filhos, Roberto e Claudio.
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Ao longo da vida, Henry Maksoud esteve ligado a diversos negócios, entre eles a revista Visão. Na gastronomia da cidade, teve presença marcante, com a criação de um complexo de restaurantes no interior do hotel, com cozinhas diversas. O mais importante deles foi La Cuisine du Soleil, cujo primeiro chef era ninguém menos que Roger Verger, um dos criadores da nouvelle cuisine. Isso ajudou a transformar o hotel no mais importante do país na década de 80, sob o comando do filho Roberto Maksoud. Artistas como os cantores Frank Sinatra, Tom Jobim e Julio Iglesias, o pianista Bobby Short e as cantoras Carmen McRae e Alberta Hunter se apresentaram no 150 Night Club.
Fundado em 1979, o hotel foi um projeto ousado, como Henry gostava de relatar. “O governo, através da Embratur, quase não me autorizou a erguê-lo e muitos acharam que não daria certo. Mas eu acreditava no nosso arrojo”, disse a VEJA SÃO PAULO EM 1985. Orgulhoso do êxito, era até resistente a colocar na porta as cinco estrelas obrigatórias pelo órgão oficial de turismo, por saber que concorrentes com o mesmo status eram muito inferiores.
Henry Maksoud era filho de um libanês que chegou jovem ao Rio de Janeiro com a ambição de fazer fortuna e depois se mudou para Aquidauana. A mãe era decendente de libaneses. Formou-se em engenharia pelo Mackenzie.
Foi em uma pós-graduação em Iowa, nos Estados Unidos, que conheceu a primeira mulher, a filipina Ilde. Casaram-se em 1954. Ele estava desempregado quando ela ficou grávida de Roberto. Arranjou-se então como professor da Universidade Rural do Rio de Janeiro. Em 1958, aproveitando o intervalo das aulas, alugou uma sala dividida em duas, no centro da cidade, onde fundou a Hidroservice, que se tornaria, tempos depois, a maior empresa brasileira de consultoria. Ficou milionário.
Por adorar escrever (em geral, artigos sobre política, e ao som de concertos para piano e orquestra de compositores russos do século XIX), comprou a revista Visão. Três anos mais tarde, iniciou a construção do hotel.