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OLÁ,

Miley Cyrus abusa de palavrões e rebolado em show na Arena Anhembi

Cantora americana não economizou na polêmica e fez até covers de Beatles, Etta James e Dolly Parton

Por Luan Flavio Freires
Atualizado em 5 dez 2016, 14h02 - Publicado em 27 set 2014, 09h51
Miley Cyrus
Miley Cyrus (Camila Cara/ T4F Divulgação/)
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Apesar da grande expectativa que cercava o retorno de Miley Cyrus à São Paulo, a Arena Anhembi não esgotou os 35 000 ingressos colocados à venda para o show da americana. Durante a apresentação, diversos gargalos se formaram tanto na pista comum quanto na premium. Se o público não se fez notar pela quantidade, ao menos chamou a atenção pelo fanatismo.

 

Os “smilers”, como são conhecidos os fãs mais ardorosos de Miley, provaram que fizeram a lição de casa e levaram cartazes, camisetas com diversas versões de estampas do rosto da artista e, em alguns casos, no melhor estilo anos 90, trajaram faixas na cabeça com os dizeres “Miley, eu te amo”. O público cantou em coro até o fim do espetáculo, mostrando conhecer desde as faixas mais obscuras do catálogo dela até hits como We Can’t Stop.

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Miley Cyrus entrou no palco alguns minutos depois do horário previsto, por volta das 21h10, cantando a animada Bangerz, que dá nome à sua atual turnê. Vestindo um maiô amarelo extremamente cavado, pontuando palavrões a cada frase dirigida à plateia e abusando de poses sensuais, ela em nada lembrava a comportada garota que passou por aqui em 2011, quando se apresentou no mesmo lugar.

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Logo depois do fim da segunda música, Miley se retirou para a primeira troca de roupas. A ousadia do look permaneceu, agora em um maiô laranja. Munida de um celular, ela fez selfies e gravou vídeos da cantoria com a plateia de fundo. Era difícil precisar se ela passava mais tempo de frente ou de costas para o público, rebolando. Até os vendedores ambulantes desviavam o olhar para observar os atributos da cantora.

 

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Sempre que avançava para a passarela que a deixava mais perto da plateia, ela era “presenteada” com um sem número de objetos que eram jogados no palco. Bandeiras do Brasil, bichos de pelúcia e até mesmo um “dildo”, nome pelo qual é conhecido um brinquedo erótico com formato de pênis, estiveram entre as peças arremessadas. Bem-humorada, Miley as recolhia e até interagia com algumas delas.

Num dos momentos mais constrangedores, Miley cuspiiu água sobre os fãs mais próximos ao palco, que estavam com a boca aberta a seu pedido. A cena se repetiu em outros shows da turnê e, ao que parece, é um dos momentos mais esperados pelo peúblico.

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“Essa é a hora em que vocês podem comer ou comprar uma camiseta, mas agora vou cantar as músicas que gosto”, disse com arrogância. Foi quando encadeou uma sequência de versões de Lucy In The Sky With Diamonds, dos Beatles, I’ll Take Care of You, célebre na voz de Etta James, e Jolene, de Dolly Parton, de quem Miley é afilhada. Os sucessos We Can’t Stop e Wrecking Ball encerraram a apresentação, que ainda teve como bis Party In The USA.

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Faltaram momentos-chave do show original, como o escorregador em formato de língua por onde ela entra no palco e o hot-dog no qual ela sobrevoa parte da plateia em determinado ponto do espetáculo. Por outro lado, abundaram o twerk, como é chamada a dança que privilegia o movimento dos quadris, e a ousadia que tomou conta da carreira da cantora desde o fim de seu contrato com a Disney, em 2011. Os paulistanos, enfim, puderam ver que Hannah Montana está morta e enterrada.

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