“Entrei em publicidade e propaganda na Cásper Líbero em 2013, aos 17 anos. Era a semana de recepção e eu estava no auditório da faculdade quando vi o Felipe pela primeira vez. Nós estudávamos na mesma sala, no período noturno. De início, achei ele muito simpático e educado, diferente dos outros meninos, mais brincalhões. como todos estavam com a cabeça raspada, para identificar, eu o chamava de ‘Tom’, pois ele se parecia com o ator Tom Felton, intérprete de Draco Malfoy nos filmes do Harry Potter. assim como eu e ele, a maior parte dos colegas da turma era da Zona leste. Formamos, então, o ‘bonde do metrô’ para voltar juntos para casa.
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Desde que nos conhecemos, rolou um interesse mútuo, mas foi ele quem tomou a iniciativa. Nosso primeiro beijo foi no Bar do Zóio, onde os estudantes se reuniam toda sexta-feira para beber e se divertir. apesar da química, ele nem sequer olhou na minha cara durante a semana seguinte. Hoje sei que o Felipe queria se fazer de difícil, mas, na época, fiquei confusa.
Continuamos a nos encontrar às sextas no bar próximo à Cásper, até que ele finalmente me chamou para um encontro. Fomos ao Pacaembu, em um jogo entre Corinthians e Penapolense. Entramos no meio da Gaviões da Fiel e, de quebra, ele levou o irmão. Ali decidi confrontá- lo, queria saber o que estava rolando entre a gente e decidimos que ficaríamos juntos com mais frequência, não só em bares. O pedido de namoro aconteceu algum tempo depois, em um restaurante na Augusta, com aliança e tudo.
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Diferentemente do que algumas pessoas pensam, o fato de o nosso relacionamento ter começado no início da faculdade nunca nos atrapalhou em aproveitar essa fase da vida. Curtimos muito, nas festas e nos campeonatos com os amigos. Vivemos experiências únicas, que não seriam as mesmas se estivéssemos separados. Em 2014, no nosso segundo ano de graduação, comemoramos a vitória da Cásper Líbero no JUCA (Jogos Universitários de Comunicação e Artes), em Registro, no interior de São Paulo e, até 2016, ano em que nos formamos, fomos a todas as edições do campeonato. Alguns colegas de classe brincavam que ‘éramos casados’ e, quando o Felipe não queria sair com os amigos, ouvia que ‘estava na coleira’, mas isso nunca nos abalou.
Anos após a formatura, em 2019, ele se mudou para Jundiaí. Quando a pandemia começou, Felipe comprou um carro para facilitar as viagens até a capital, mas nosso relacionamento foi praticamente a distância. Aos poucos, conforme a vacinação avançava, planejamos nosso casamento. Em 2021, compramos um imóvel e já fechamos a festa, antes mesmo do noivado. Eu achava que não ia ter pedido oficial e que, se tivesse, não iria me emocionar tanto, pois já estava tudo acordado.
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No dia 2 de dezembro, a Isabella, minha amiga — que estudou conosco e acompanhou nosso relacionamento desde o começo —, me chamou para almoçar no Top Center Shopping, próximo à Cásper, dizendo que tinha algo muito urgente para me falar. Naquele momento, senti que me revelaria algo ruim sobre o Felipe. No mesmo dia, ele me falou que teria de buscar alguns documentos na faculdade. Enquanto Isabella me enrolava no restaurante, Felipe me ligou dizendo que um de nossos antigos professores estava lá e que queria muito me ver.
No jardim suspenso do prédio, no terraço, ele me esperava com uma aliança nas mãos. Ele se ajoelhou e, naquele momento, passou um filme na minha cabeça: lembrei de toda a nossa história e dos bons momentos que tivemos naquele lugar. Eu só conseguia chorar. A aliança ficou larga para o meu dedo, mas eu disse sim. Atualmente, estamos organizando nossa mudança para São Paulo, na Zona Leste. A cerimônia está marcada para outubro de 2023.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 23 de março de 2022, edição nº 2781