Masp dedica programação de 2026 a artistas latino-americanos
Nomes como Jesús Soto, Damián Ortega e Sandra Gamarra terão exposições individuais no coração da Avenida Paulista
Em 2026, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) se debruça sobre as Histórias Latino-Americanas. O assunto permeia todas as exposições do e dá continuidade à série iniciada em 2016, com as Histórias da Infância. O ano de 2025 foi dedicado a Histórias da Ecologia e marcado pela inauguração do prédio anexo, chamado de Edifício Pietro Maria Bardi (o de pilastras vermelhas virou Edifício Lina Bo Bardi).
Esse cartão-postal da capital apresenta uma mostra de Jesús Rafael Soto (1923-2005), venezuelano que foi um expoente do modernismo latino-americano e da arte cinética. A mostra, de 27 de novembro 2026 a 4 de abril de 2027, no Edifício Lina, se concentra no período de 1950 a 1980, quando ele teve uma grande produção de obras ópticas, geométricas e interativas.
Outro nome de peso na programação é o de Damián Ortega, conhecido pelas esculturas contemporâneas. O mexicano será homenageado com um panorama de mais de três décadas, também no Edifício Lina, de 15 de maio a 13 de setembro.
Como de praxe, há uma coletiva com o tema do ano, que reunirá representantes de países como Brasil, Bolívia, Porto Rico, Cuba e República Dominicana, entre 4 de setembro de 2026 e 31 de janeiro de 2027, no Edifício Pietro.
“Nos interessa bastante fazer com que nós, brasileiros, estejamos mais próximos da América Latina”, explica Amanda Carneiro, curadora da mostra. “O propósito é refletir sobre como a ideia de ser latino-americano foi construída ao longo do tempo, desde as invasões coloniais até hoje.”
A agenda de 2026 começa oficialmente com individuais da peruana Sandra Gamarra Heshiki, entre 6 de março e 7 de junho, no Edifício Lina, e das argentinas La Chola Poblete e Claudia Alarcón, com o coletivo de tecedeiras Silät, ambas de 6 de março a 2 de agosto, no Edifício Pietro.
Segundo a curadora coordenadora Regina Teixeira, a curadoria tem a diversidade como base. “A ideia é justamente abrir o leque e fugir dos chavões, clichês e estereótipos”, afirma. Diferentemente dos últimos anos, não há artista europeu planejado na agenda.
O cronograma tem ainda mostra do peruano Santiago Yahuarcani e do grupo chileno Colectivo Acciones de Arte, de 3 de abril a 2 de agosto, no Edifício Pietro; da colombiana nascida em Londres Carolina Caycedo, de 3 de julho a 4 de outubro, no Edifício Lina; da venezuelana Sol Calero, com abertura marcada para 30 de maio, no vão livre; do porto-riquenho Pablo Delano, de 30 de outubro de 2026 a 31 de janeiro de 2027, no Edifício Lina; da guatemalteca Rosa Elena Curruchich, entre 30 de outubro de 2026 e 4 de abril de 2027, no Edifício Lina; e dos venezuelanos Manuel Herreros de Lemos e Mateo Manaure Arilla, de 27 de novembro de 2026 a 4 de abril de 2027, no Edifício Lina.





