O Masp acaba de assinar em comodato (empréstimo por tempo determinado) o acesso a uma das coleções particulares mais importantes de arte pré-colombiana da América do Sul. Isso significa que, pelos próximos 10 anos, obras produzidas por povos como os incas poderão ser vistas em grande quatidade por aqui. O acordo foi feito entre o museu e a Coleção Edith e Oscar Landmann: este último que foi é ex-presidente da Bienal de São Paulo e já foi o cônsul-geral honorário da Colômbia por aqui.
A Coleção MASP Landmann é composta por cerca de 900 obras entre peças de cerâmica, tecidos e metais de inúmeros povos que habitaram o território que corresponde o Peru, Colômbia e Brasil (Marajó, PA), cobrindo um período de quase 2.500 anos, desde 1000 a.C. até a conquista europeia, na metade do século 16. Entre as principais culturas, se destacam: Chavin, Chimu, Huari, Moche, Nazca, Paracas, Recuay, Tiahuanaco, Vicus, Viru, Chancay, Inca, Quimbaya, Tairona, Sinu, Calima e Marajó.
Quatro das obras já poderão ser vistas desde terça (28), no segundo andar do prédio, junto ao acervo permanente. Até 2018, a institução deve realizar uma exposição centrada na coleção, bem como publicar um catálogo com todas as obras que a integram. O contrato, que tem duração de 10 anos, pode ser renovado ou transformado em doação definitiva.
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Por enquanto, O arqueólogo e pesquisador peruano Walter Alva será o curador da coleção, até que se contrate um curador-adjunto específico para a área, ainda este ano. Alva é diretor do Museo Tumbas Reales de Sipán, Presidente Honorário do Conselho de Sipán e responsável pela descoberta das tumbas dos reis Moche ao norte do Peru, considerada uma das principais descobertas arqueológicas do século 20.