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OLÁ,

Jorge Drexler no quintal de Tiê

Cantor e compositor uruguaio deu uma prévia de seus shows no Brasil em performance intimista para convidados. Domingo (19) ele se apresenta na Virada Cultural

Por Adriana Ferreira Silva e Mayra Maldjian
Atualizado em 5 dez 2016, 16h00 - Publicado em 15 Maio 2013, 19h41
JORGE DREXLER
JORGE DREXLER (Adriana Ferreira Silva/)
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Jorge Drexler vira a chavinha do espanhol para o português –e vice-versa– com destreza. Sorridente, mas contido, caminha pelo quintal como se estivesse em casa. Faz questão de perguntar o nome e olhar nos olhos dos desconhecidos. Um beijinho no rosto sela a apresentação.

O quintal, no caso, é o da cantora paulistana Tiê, que aproveitou a passagem do premiado compositor uruguaio pelo Brasil –ele faz shows com ingressos esgotados no Bourbon Street e encerra a programação do palco principal da Virada Cultural neste domingo (19)– para convidá-lo para o seu Na Cozinha ou No Jardim. O projeto, sem periodicidade definida, transmite ao vivo pocket shows na twitcam (@tiemusica). Entre os artistas que já passaram pelo gramado, estão Criolo, que comandou ali uma descontraída roda de samba com sua turma do Grajaú.

Os dois músicos são velhos conhecidos, Tiê e Drexler já dividiram o palco no Rock in Rio e cantaram juntos no segundo disco dela, A Coruja e o Coração. Apesar disso, Tiê disse que foi somente de “última hora” que o parceiro confirmou sua participação no encontro, na terça (14).

Na plateia, diversos artista da nova geração musical, como Marcelo Jeneci, Thiago Pethit, Ana Cañas, Naná Rizini, Marcia Castro, Adriano Cintra (do Madrid), além de jornalistas, críticos, cineastas, espalhavam-se pelo gramado, sentados no chão ou em banquinhos de plástico.

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A performance estava marcada para às 21h, mas foi somente às 23h que Drexler, violão em punho, se postou no átrio que leva à sala, acompanhado por três músicos de sua banda. O céu estava aberto, a noite, agradável, e o uruguaio iniciou a apresentação cantarolando sobre isso. Em mais de uma hora, ele improvisou versos, incorporou o apito do guarda noturno aos seus assobios, contou histórias sobre as canções, tomou cachaça e pediu ao público para escolher o repertório.

De início intimista, o míni-espetáculo foi esquentando com a animada participação da plateia, e teve momentos surpreendentes como a divertida versão feita para Stir It Up, de Bob Marley. Outros destaques foram a interpretação de Al Otro Lado del Río, trilha do filme Diários de Motocicleta (do brasileiro Walter Salles), que lhe rendeu um Oscar, e uma releitura em português/espanhol para Sampa, de Caetano Veloso.

“Tenho uma péssima experiência em estragar festas”, brincou Drexler, enquanto a noite avançava. Não foi desta vez.

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